O dólar fechou em queda de 1% ante o real hoje (1), começando em baixa um mês marcado por fluxos sazonais de recursos, conforme investidores embutiram nos preços novo dia de relativa tranquilidade no noticiário político doméstico, em meio a uma sessão positiva para moedas emergentes no exterior.
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A moeda norte-americana à vista terminou esta sessão valendo R$ 3,8763 na venda. O dólar subiu 4,32% em março, maior alta mensal desde agosto de 2018.
Na B3, a referência do dólar futuro cedia 1,43%, a R$ 3,8720. As operações no mercado futuro vão atéàÀs 18h (horário de Brasília).
O mercado segue reativo ao noticiário político doméstico em torno da articulação para a reforma das aposentadorias. Mas, desde a semana passada, o fluxo de notícias ajudou a reduzir preocupações nesse front, o que abriu espaço para o ajuste de baixa do dólar.
A cena externa mais propícia a risco também teve efeito nesta sessão. O índice do dólar contra uma cesta de moedas cedia no fim da tarde, enquanto moedas de perfil semelhante ao real, como peso mexicano e rand sul-africano, valorizavam entre 1% e 2% nesta sessão.
“A maioria dos ativos e das moedas emergentes deve apreciar a partir de agora”, disseram estrategistas do Morgan Stanley em nota a clientes, citando dados melhores na China e sinais de progresso nas negociações comerciais entre Pequim e Washington.
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No campo doméstico, além do cenário político, o mercado monitora a intensificação das exportações da safra de soja, um dos principais componentes da pauta de exportação do Brasil. Em 2018, abril respondeu, sozinho, por 15% das vendas externas da oleaginosa ao longo do ano.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), contudo, estima queda de 20% nas receitas em dólar com exportações do complexo soja em 2019 ante 2018. As receitas deverão alcançar US$ 32,820 bilhões neste ano, contra US$ 40,914 bilhões em 2018.
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