O dólar tinha leves variações ante o real na manhã de hoje (18) com investidores adotando proteção antes de feriado nacional, após o adiamento da votação da proposta de reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na véspera.
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Às 10:40, a moeda norte-americana recuava 0,11%, a R$ 3,9300 na venda. Na véspera, a divisa avançou 0,83%, a R$ 3,9343, maior patamar de fechamento desde 27 de março. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,1%.
A expectativa era de que a votação da admissibilidade da reforma da Previdência ocorresse ontem (17), mas deputados da oposição e até mesmo parlamentares próximos ao governo atuaram para impedir o voto, pressionando por mudanças em certos pontos.
Com isso, a CCJ deve votar a admissibilidade da proposta de reforma da Previdência apenas na próxima terça-feira (23), o que renovou preocupações de agentes financeiros sobre o ritmo da tramitação do texto.
“Estávamos numa outra expectativa, de repente aconteceu de empurrar para semana que vem, e a cada empurrada que você dá, maior a chance de sair menos do que se espera, em termos da economia”, disse o diretor de câmbio do Banco Paulista Tarcísio Rodrigues.
Na véspera, representantes do governo ouviram reivindicações de mudanças de pontos da reforma da Previdência para tentar garantir a aprovação do texto na reunião da CCJ da Câmara na próxima terça-feira, mas nenhum acordo foi fechado.
Segundo Rodrigues, o dólar não deve ver grandes oscilações neste pregão, em que se nota baixa liquidez, mas a tendência permanece sendo altista, sem fatores que encorajem a moeda a buscar patamar abaixo de R$ 3,90.
“Enquanto não tiver uma luz, enquanto não se souber o que vai acontecer, o que vai ser tirado, o mercado vai ficar protegido”, explicou, acrescentando que também é notável a aversão do fluxo externo, com investidores estrangeiros aguardando avanços mais concretos.
No exterior, o pregão é marcado por aversão ao risco, uma vez que dados fracos sobre a indústria na Europa alimentaram preocupações sobre uma economia que encontra dificuldades para ganhar tração.
O índice do dólar contra uma cesta de moedas avançava por volta de 0,4%, após dados fortes sobre o varejo dos Estados Unidos e também refletindo a busca por segurança antes do feriado de Páscoa.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,350 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de maio, no total de US$ 5,343 bilhões.
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