A Uber Technologies tem 91 milhões de usuários, mas o crescimento dessa base está desacelerando e a empresa pode nunca atingir lucro, afirmou hoje (11) a companhia de transporte urbano por aplicativo em seu pedido de oferta pública inicial de ações (IPO).
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O documento deu aos investidores a primeira imagem financeira ampla da companhia que iniciou serviço em 2009 depois que seus fundadores tiveram dificuldade para encontrar um táxi em uma noite de neve.
O pedido do IPO demonstra o rápido crescimento dos negócios do Uber nos últimos três anos, mas também como uma série de escândalos e aumento da competição de rivais pesaram sobre seus planos para atrair e reter motoristas.
A oferta pública de ações também ressalta o quão longe o Uber está de obter lucro. A companhia alerta que espera que as despesas operacionais “aumentem significativamente no futuro previsível” e que “pode não atingir lucratividade”. A empresa teve prejuízo de US$ 3,03 bilhões em 2018, excluindo ganhos não recorrentes.
Os documentos para a oferta revelaram que o Uber teve, em 2018, 91 milhões de usuários mensais ativos, em média, em suas plataformas, que incluem o serviço de entrega de comida Uber Eats. A base de usuários representa um crescimento de 33,8% sobre 2017, mas um ano antes a expansão havia sido de 51%.
A receita da companhia em 2018 somou US$ 11,3 bilhões, alta de cerca de 42% sobre 2017, de novo abaixo do ritmo do ano anterior, de 106%.
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O Uber não definiu no pedido o tamanho do IPO. A Reuters publicou esta semana que a companhia planeja vender cerca de US$ 10 bilhões em ações, o que deve atribuir à companhia um valor de mercado entre US$ 90 bilhões e US$ 100 bilhões.
O IPO da empresa virá na sequência da abertura de capital da rival menor Lyft. As ações da Lyft fecharam nesta quinta-feira a US$ 61,01, 15% abaixo do preço da oferta pública de ações realizada no mês passado.
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