O Facebook revelou hoje (30) uma reformulação da rede social, com o lançamento de ferramentas de negócios corporativos, nos primeiros passos concretos no plano da companhia para se transformar em uma empresa de mensagens e comércio eletrônico.
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O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, revelou um novo design para a maior rede social do mundo, que coloca menos ênfase na exibição de notícias dos amigos do usuário e dá mais importância para as ferramentas de mensagens, venda online e vídeo sob demanda.
Em março, Zuckerberg prometeu mudanças na empresa focada em venda de publicidade, em um momento em que a companhia estava sob mira de autoridades por conta de questões envolvendo privacidade dos dados dos usuários. O feed de notícias continua a atrair dólares em anúncios para o Facebook, mas o crescimento da base de usuários em seus mercados mais lucrativos diminuiu.
“Acreditamos que existe uma comunidade para todos. Por isso, estamos trabalhando em uma grande evolução para tornar as comunidades tão centrais quanto os amigos”, disse Zuckerberg, falando na conferência anual F8, do Facebook, onde a empresa mostra uma prévia dos lançamentos de produtos aos desenvolvedores.
Outros executivos do Facebook apresentaram mudanças nos aplicativos Messenger e Instagram, que visam ajudar as empresas a se conectarem com os clientes, incluindo agendamento de reservas e recursos avançados de compras, além de uma ferramenta para atrair clientes para conversas diretas com empresas por meio de anúncios.
A empresa de mídia social agora está trabalhando no “LightSpeed” para tornar seu aplicativo Messenger menor em tamanho e mais rápido. O Facebook também lançará um novo recurso chamado “Catálogo de Produtos” para o WhatsApp Business. Uma versão desktop do Messenger estará disponível este ano.
“Mostramos diversas vezes que como empresa temos o que é preciso para evoluir”, disse Zuckerberg.
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A questão sobre o plano do executivo é como a companhia vai fazer dinheiro com o novo modelo de negócios.
O Facebook teve receita de quase US$ 56 bilhões no ano passado, quase toda gerada por anúncios exibidos a seus 2,7 bilhões de usuários mensais.
Os lançamentos de produtos na F8 indicam que a resposta à pergunta envolve esforços para manter os usuários conectados nos aplicativos da empresa por mais tempo, além de ferramentas de comércio eletrônico que o Facebook espera que as empresas paguem para usar.
Mudanças no Instagram
O Instagram também anunciou mudanças em sua plataforma. A rede social revelou que as novas ferramentas buscam melhorar a experiência dos usuários no aplicativo.
Entre as novidades, está o aperfeiçoamento do design da câmera que captura e compartilha os Stories. Os usuários também terão maior liberdade e facilidade para editar e compartilhar suas fotos e vídeos com GIFs, filtros e figurinhas. A novidade deve ser apresentada oficialmente nas próximas semanas.
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O Instagram também permitirá que os usuários comprem os produtos que influenciadores postarem. O recurso, que será entregue para um grupo seleto de figuras públicas, entrará em fase de testes na semana que vem. A ferramenta funcionará apenas com produtos de marcas que usam o recurso de checkout do aplicativo atualmente.
A terceira novidade que está sendo testada é fim da contagem de curtidas na rede social. Com a mudança, os donos das contas continuam sabendo o número de curtidas, mas ele não é exposto publicamente.
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