As ações da varejista francesa Casino disparavam hoje (24), depois que o acionista controlador, Jean-Charles Naouri, ganhou algum alívio quando o veículo de investimento endividado Rallye foi colocado sob proteção de seus credores.
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O Casino é controlador do grupo brasileiro de varejo GPA, que por sua vez controla a rede de móveis e eletrodomésticos Via Varejo.
Investidores e analistas, no entanto, disseram que o movimento não resolveu todos os problemas da Rallye ou do Casino e que o impacto na complexa estrutura societária permanece incerto.
Um tribunal de Paris colocou na quinta-feira (23) a Rallye, empresa controladora do Casino, sob proteção contra credores por pelo menos seis meses.
A Rallye tem uma dívida líquida de € 2,9 bilhões, dos quais € 2,7 bilhões são com o Casino.
O principal ativo da Rallye é sua participação de 51,7% no Casino. A Rallye, por sua vez, é controlada pela Fonciere Euris, Finatis e Euris, todas nas mãos do presidente-executivo do Casino, Naouri.
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Sob o procedimento de proteção, o pagamento de juros bancários e dos títulos de dívida é suspenso enquanto o grupo trabalha em um plano para reorganizar suas finanças e potencialmente alongá-la para até 10 anos.
Como parte das negociações com os credores, parte da dívida da Rallye poderia ser convertida em participação acionária.
“Não podemos descartar a possibilidade de ver o sr. Naouri perder o controle de toda a sua galáxia”, disse Clement Genelot, analista da Bryan Garnier.
As ações do Casino e do Rallye caíram cerca de 20% até agora em 2019, e o recuo no mercado de ações chamou a atenção de alguns fundos de hedge.
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David Lubek, diretor financeiro do Casino, disse em teleconferência que a decisão da Rallye não tem impacto nas operações ou na estratégia da companhia, que possui mais de 12 mil lojas em todo o mundo.
Às 10h23 (horário de Brasília) as ações do Casino exibiam alta de 9,27%, a € 30,53. O GPA mostrava valorização de 1,4% e a Via Varejo avançava 1%.
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