A Boeing disse hoje (23) que, após assumir a unidade de jatos comerciais da Embraer, chamará a divisão de Boeing Brasil – Commercial, dando fim a um dos nomes empresariais mais emblemáticos no Brasil.
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A mudança de nome ocorre depois que a Boeing aceitou pagar US$ 4,2 bilhões para comprar 80% da operação da Embraer, de jatos de passageiros com menos de 150 assentos. A Embraer terá os 20% restantes. Essa divisão ainda é a mais rentável da companhia brasileira e considerada um padrão ouro da engenharia no país.
A Boeing ainda não tomou uma decisão sobre a possibilidade de renomear os aviões de pequeno e médio portes, que atualmente levam o nome da Embraer seguido por um código de modelo.
O novo nome corporativo ilustra o realinhamento da indústria aeroespacial global, em que as duas líderes – Boeing e Airbus – fortaleceram seu duopólio no mercado de jatos de US$ 150 bilhões, absorvendo concorrentes menores.
Depois que a Airbus assumiu o controle da divisão CSeries da Bombardier, que concorre diretamente com os jatos comerciais da Embraer, ela rebatizou os aviões como Airbus A220, de acordo com a marca de outros aviões da Airbus.
As duas aquisições desmantelaram ambições aeroespaciais do Canadá e do Brasil e deixaram a China como a principal ameaça ao duopólio transatlântico, com Rússia e Japão fazendo incursões mais lentas, disseram analistas.
Após o acordo com a Boeing, a Embraer continuará existindo como uma empresa focada em jatos executivos e defesa. O acordo com a Boeing foi aprovado pelos acionistas, mas ainda aguarda aprovação regulatória.
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