O dólar subiu forte hoje (13), em meio ao pessimismo global decorrente do recrudescimento da disputa tarifária entre China e EUA.
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A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,88%, a R$ 3,9792 na venda, maior patamar de fechamento desde 24 de abril (R$ 3,9863). Na máxima durante os negócios, a cotação bateu R$ 4,0054. Na B3, a referência do dólar futuro tinha alta de 0,75%, a R$ 3,9875.
O mercado reagiu mal a sinais de piora nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, que frustraram expectativas de analistas que até dias atrás enxergavam maiores chances de acordo que pusesse fim à disputa tarifária que se arrasta desde o ano passado.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que não tomou uma decisão sobre seguir adiante com tarifas sobre adicionais US$ 325 bilhões em bens chineses. Mais cedo, Pequim disse que iria impor tarifas mais altas a uma série de produtos norte-americanos, revidando em sua guerra comercial com Washington pouco depois de Trump ter advertido a China a não retaliar.
Dan Kawa, estrategista e sócio na TAG Investimentos, disse que a depreciação do iuan chinês, pressionou divisas de outros emergentes. A moeda chinesa bateu uma mínima de US$ 6,9181, menor patamar desde dezembro do ano passado, sob o peso do aumento das tensões comerciais.
“Continuo esperando um curto-prazo mais desafiador e recomendando um portfólio internacional mais defensivo. Acredito que a situação (da economia ou dos mercados financeiros) deve piorar antes de que, eventualmente, um acordo entre EUA e China possa avançar”, afirmou Kawa em nota.
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O real sofre pressão adicional dos ruídos ligados ao andamento da reforma da Previdência.
O Morgan Stanley elevou as projeções para o dólar para os próximos trimestres e agora vê a moeda norte-americana em R$ 4,10 ao fim de junho. Para os profissionais, investidores estão menos tolerantes a surpresas negativas.
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