O dólar rondava a estabilidade ante o real na manhã de hoje (14) de olho no exterior, onde sinais conciliatórios de Estados Unidos e China ajudam a melhorar o sentimento de cautela ligado à disputa comercial, e com tensões políticas renovadas no plano doméstico.
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Às 10:35, a moeda norte-americana operava estável, a R$ 3,9792 na venda. Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,88%, a R$ 3,9792 na venda, maior patamar de fechamento desde 24 de abril. O dólar futuro caía cerca de 0,5% neste pregão.
O presidente norte-americano, Donald Trump, defendeu nesta terça-feira a guerra comercial com a China, prometendo um acordo com o presidente chinês, Xi Jinping, em breve, mesmo com os temores sobre uma prolongada disputa aumentando.
Trump disse que quando for “o momento certo”, os EUA farão um acordo com a China e que isso “vai acontecer e muito mais rápido do que as pessoas imaginam”.
Já o governo chinês disse que concordou em continuar com as negociações comerciais, mas acrescentou que a China não será intimidada.
O tom mais conciliatório adotado por ambas as partes após dias de escalada nas tensões abriu espaço para certo alívio no sentimento de aversão ao risco em mercados mundiais.
A moeda brasileira, no entanto, na contramão de outras emergentes, não se beneficia tanto desse alívio no exterior, em função de tensões políticas renovadas, disse o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto.
A quebra do sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, inspira cautela entre participantes do mercado.
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Agentes financeiros também têm no radar a delação premiada do sócio da Gol Henrique Constantino, na qual o empresário relata pagamentos de propinas ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, entre outros políticos.
“É algo a mais num cenário que já inspira cuidados. Mais um elemento que deixa investidores apreensivos”, disse Campos Neto.
O mercado monitora também eventuais desdobramentos ligados à reforma da Previdência. Nesta tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de audiência na Comissão Mista do Orçamento, na Câmara dos Deputados.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.
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