Após altas recentes, o dólar teve leve queda hoje (14), com a moeda brasileira se beneficiando do ambiente externo mais amigável a ativos de risco, mas ainda cauteloso com a situação comercial entre EUA e China.
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A moeda norte-americana à vista teve variação negativa de 0,09%, para R$ 3,9758 na venda. O dólar futuro recuava 0,70%. A divisa norte-americana oscilou no interbancário entre alta de 0,42% (a R$ 3,996) e queda de 0,33% (R$ 3,9661). Na véspera, o dólar havia fechado em alta de 0,88%, a R$ 3,9792, máxima em cerca de três semanas.
O real operou em sintonia com o sentimento por ativos de risco no exterior, que permitiu ganhos de outras moedas de emergentes, como rublo russo, rand sul-africano, lira turca e peso colombiano.
O alívio nos mercados se deu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizar a gravidade da guerra comercial com a China, classificando-a como um pequeno atrito. Trump disse ainda que as negociações comerciais não entraram em colapso.
O noticiário local sobre a reforma da Previdência não trouxe grandes novidades. O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a exortar o Congresso a aprovar a proposta que muda as regras das aposentadorias.
Guedes disse que o governo já trabalha com crescimento menor para a economia neste ano, de 1,5%.
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A fraqueza da atividade tem alimentado especulações de que o Banco Central possa voltar a reduzir a Selic, movimento que comprimiria mais os retornos oferecidos pelo país a investidores estrangeiros – o que desestimula ingresso de dólares.
Analistas consultados pelo BofA pioraram o cenário para a moeda brasileira, passando a ver o dólar mais alto. Nove por cento dos entrevistados em sondagem projetam o dólar acima de R$ 4 no fim do ano, contra 3% um mês atrás. A maioria dos entrevistados vê o dólar entre R$ 3,81 e R$ 4. No mês passado, o maior percentual entre os participantes vislumbrava a cotação entre R$ 3,60 e R$ 3,80 no final de 2019.
Na véspera, o Morgan Stanley elevou a projeção do dólar para os próximos trimestres, prevendo taxa de R$ 4,10 ao fim de junho, prevendo mais ruídos da agenda de reformas.
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