O Ibovespa fechou no azul hoje (14), ajudado pela relativa pausa na troca de farpas entre Washington e Pequim e tendo de pano de fundo a reta final da temporada de balanços no Brasil, com JBS avançando 8% após mais do que dobrar o lucro nos primeiros três meses do ano.
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Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,4%, a 92.092,44 pontos, experimentando uma trégua após três quedas seguidas, período em que acumulou declínio de 4%. O giro financeiro na sessão somou R$ 12,8 bilhões.
No exterior, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve sua retórica pró-tarifas, mas prometeu um acordo com o presidente chinês, Xi Jinping. “Vai acontecer e muito mais rápido do que as pessoas imaginam.”
Em outro momento, Trump disse que as negociações comerciais com a China não colapsaram, chamando a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo de pequeno atrito.
Pequim, por sua vez, disse que a China e os EUA concordaram em seguir conversando. Washington, contudo, prepara tarifas de 25% sobre todas as importações chinesas restantes sem novas negociações agendadas.
Em Wall Street, os pregões fecharam em alta ao redor de 1% após forte declínio na véspera, quando o S&P 500 teve a sua maior queda percentual desde o começo do ano.
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“O mercado externo se recuperou bem após os comentários de Trump…embora ele possa mudar de ideia a qualquer momento”, destacou um gestor de portfólio da asset de um banco estrangeiro em São Paulo, sugerindo que o clima permanece de incertezas quanto o andamento das negociações entre os dois países.
No Brasil, a cena política trouxe desconforto, com agentes de mercado destacando a quebra de sigilo bancário do filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e a delação premiada envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) em “benefícios financeiros”.
“Os ruídos políticos têm aumentado a cada dia”, citou a equipe da corretora Rico em nota a clientes.
Ao mesmo tempo, o Banco Central apontou na ata da última reunião do Copom uma “probabilidade relevante” de que a economia brasileira tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre deste ano sobre os três meses anteriores, mas não sinalizou um eventual corte na taxa básica de juros.
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