A Polícia Federal prendeu hoje (8) três executivos do Banco Paulista S.A. em uma nova fase da operação Lava Jato deflagrada para investigar esquema de lavagem de dinheiro que pode ter envolvido recursos no montante de R$ 328 milhões, informaram as autoridades.
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Entre os presos estão o então diretor da área de operações de câmbio e o então diretor-geral da instituição na época dos crimes apurados, entre 2009 e 2015, de acordo com a PF.
O Ministério Público Federal afirmou que investigações apontaram que o banco foi utilizado para lavagem de ao menos R$ 48 milhões oriundos da empreiteira Odebrecht no âmbito do esquema de corrupção investigado pela Lava Jato.
Outros repasses suspeitos a empresas aparentemente sem estrutura no valor de R$ 280 milhões também são objeto da apuração, acrescentou o MPF.
“A área de câmbio do Banco Paulista foi surpreendida hoje com uma operação da Polícia Federal em sua sede. A instituição está colaborando com as autoridades e retomando suas operações regulares”, disse em nota o banco, que é mais conhecido por sua corretora, a Socopa.
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Segundo a Polícia Federal, a instituição bancária “valia-se de posição privilegiada dentro da estrutura financeira do mercado para a viabilização de atividades ilícitas”.
A PF acrescentou que a operação marca a primeira vez que a Lava Jato cumpre mandados diretamente na sede de um banco.
“A operação de hoje inicia a responsabilização de agentes que atuaram no mercado financeiro e bancário, e permitiram que milhões de reais fossem lavados e pagos como propina no grande esquema revelado pela Lava Jato”, disse o procurador da República Júlio Noronha em comunicado.
Além dos mandados de prisão contra os executivos do Banco Paulista, a operação também cumpre 41 mandados de busca e apreensão, incluindo na sede da instituição bancária e em empresas que transacionaram com o banco.
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