A empresa de meios de pagamentos Stone, listada na Nasdaq, anunciou um salto de mais de 600% no lucro do primeiro trimestre, semanas após suas ações terem sido severamente castigadas, o que precedeu a abertura de um programa de recompra.
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A companhia brasileira, que estreou na bolsa norte-americana em outubro passado atraindo investidores otimistas com o plano da companhia de crescer fortemente no mercado de adquirência de cartões, teve lucro líquido de R$ 177 milhões de janeiro a março, um aumento de 617% contra um ano antes.
O resultado refletiu a expansão acelerada, com a base de clientes subindo 92,7% em 12 meses, para 309,7 mil, e as receitas totais evoluindo 86%, a R$ 535,8 milhões. A adição líquida de clientes no trimestre somou 40,6 mil, evolução de 37,7% sobre um ano antes.
No documento, o presidente-executivo da Stone, Thiago Piau, afirmou que o modelo de negócios da companhia a permitiu ganhar mercado no período “sem a necessidade de atrair novos clientes com preços não transparentes ou forçá-los a aceitarem produtos que não desejam”.
A Stone tem sido uma das companhias mais vocais contra a Rede, do Itaú Unibanco, desde que esta anunciou, semanas atrás, que não mais cobraria juros para antecipar recebíveis de lojistas.
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Após o anúncio da Rede, a ação da Stone caiu cerca de 25%, com investidores temerosos de que isso limitasse fortemente o modelo de negócios de empresas menores, muito baseado nas receitas com juros sobre antecipação de recebíveis.
O diretor comercial da Stone, Augusto Lins, que também é presidente da Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), acusou a Rede de praticar preços predatórios para tentar eliminar a concorrência.
A ação da Stone fechou hoje (13) em US$ 26,54, em queda de 4,9%, cerca de 26% de queda ante a cotação que tinha em meados de outubro, antes do anúncio da Rede.
A Stone anunciou nesta segunda-feira um programa de recompra de até US$ 200 milhões de suas próprias ações.
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