O Mercado Livre, maior portal de comércio eletrônico da América Latina, teve lucro no primeiro trimestre, com impulso das receitas de marketplace e da unidade de pagamentos Mercado Pago e após revisar políticas de subsídios para elevar a rentabilidade.
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A companhia, que tem 60% das receitas no Brasil, anunciou hoje (2) lucro de US$ 11,9 milhões de janeiro a março, ante prejuízo de US$ 12,9 milhões um ano antes.
A receita líquida do trimestre cresceu 47,6% ano a ano, para US$ 473,8 milhões, impulsionado por Brasil, com expansão de 64%.
As receitas do marketplace do grupo aumentaram 79,8% no comparativo anual. O volume de vendas no portal caiu 1,7% em dólar, mas cresceu 26,6% em moeda constante. No quarto trimestre de 2018 o volume havia recuado 10,6% em dólar.
A retomada no segmento mostra que o Mercado Livre começa a reagir após medidas tomadas no ano passado, quando passou a cobrar uma taxa fixa de R$ 5 para entrega de itens abaixo de R$ 120 e excluiu anúncios de produtos abaixo de R$ 6.
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“Revisamos nossa política de dar frete grátis indiscriminado”, disse o vice-presidente executivo do Mercado Livre para América Latina, Stelleo Tolda, à Reuters.
Segundo o executivo, a ampliação dos investimentos em logística deve dar fôlego ao ritmo de crescimento nos próximos trimestres. Neste primeiro trimestre, o Mercado Livre inaugurou um centro logístico em Cajamar (SP) e outro na Argentina.
Já o Mercado Pago registrou volume de pagamentos de US$ 5,6 bilhões, alta ano a ano de 35,1% em dólar e de 82,5% em moeda corrente. O negócio inclui serviços de adquirência, carteira digital e oferta de capital de giro.
Segundo o executivo, após o investimento de US$ 750 milhões recebido da companhia norte-americana de meios de pagamento PayPal, anunciado em março, a companhia está bem posicionada para enfrentar a crescente concorrência no mercado brasileiro de pagamentos.
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A Rede, braço de adquirência do Itaú Unibanco, iniciou nesta quinta-feira um pacote que oferece a clientes taxa zero na antecipação de recebíveis, movimento que levou várias empresas do setor a reagirem, o que tem sido visto por analistas como um fator de pressão sobre as margens.
“A capitalização nos permite ser mais agressivos”, disse Tolda. “Ficar só com antecipação de recebíveis é um risco.”
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