O Brexit provocou sua segunda renúncia no Reino Unido. Depois de levar David Cameron a deixar o poder, abalado pelo resultado do plebiscito em que a maioria decidiu deixar a União Europeia (UE), em 2016, agora o processo de separação do bloco econômico fez com que a primeira-ministra Theresa May se afaste. Em pronunciamento na manhã de hoje (24) na sede do governo, em Londres, May lamentou não ter conseguido finalizar o Brexit, que passa por um impasse, e ressaltou o fato de ter sido a segunda mulher a ocupar o posto de chefe de governo (“uma honra”). “A segunda, mas não a última.”
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Theresa May anunciou que vai deixar o cargo em duas semanas, sucumbindo aos pedidos de dentro de seu Partido Conservador para abrir caminho a um novo líder que possa romper o impasse sobre a saída do Reino Unido da UE. “Está claro para mim que é do interesse do país um novo primeiro-ministro para liderar esse esforço. Então estou anunciando hoje que irei renunciar como líder do Partido Conservador e Unionista na sexta-feira, 7 de junho”, disse May em pronunciamento.
UE: tudo igual
A posição da União Europeia sobre os termos da saída do Reino Unido não mudou apesar da renúncia da primeira-ministra britânica, Theresa May. “O presidente (da Comissão Europeia, Jean-Claude) Juncker acompanhou o anúncio da primeira-ministra May nesta manhã sem alegria pessoal”, disse a porta-voz da Comissão, Mina Andreeva, em entrevista coletiva.
“O presidente gostou muito e apreciou trabalhar com a primeira-ministra May. Ele também respeitará e estabelecerá relações de trabalho com qualquer novo primeiro-ministro, seja quem for. Nossa posição sobre o acordo de retirada — não há mudança nisso”, disse Andreeva.
A porta-voz reiterou que o bloco não mudará o acordo de retirada do Brexit, mas pode ajustar a declaração política que o acompanha sobre os laços entre a UE e o Reino Unido depois do Brexit.
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