O Uber Technologies, gigante dos serviços de transporte por aplicativo, começará a sua jornada como uma empresa de capital aberto hoje (10) sob pressão para estrear em forte alta, após avaliar de forma conservadora sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
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O começo das negociações ocorre depois que o Uber precificou seu IPO a US$ 45 por ação na quinta-feira (9), na parte mais baixa da faixa indicativa de US$ 44 a US$ 50 por ação, para levantar US$ 8,1 bilhões, em operação que avaliou a companhia em US$ 82,4 bilhões.
O IPO estava com excesso de demanda, mas o Uber optou por um preço mais baixo para evitar a repetição do que ocorreu com a Lyft após o IPO no final de março, que saiu a um preço alto, começou a subir, mas depois caiu.
O Uber também queria acomodar grandes fundos mútuos, que, ao contrário dos fundos de hedge, faziam pedidos por um preço menor.
O Uber deve começar a ser negociada na Bolsa de Nova York (NYSE) nesta sexta-feira sob o símbolo “UBER”, na estreia mais esperada dos EUA desde o Facebook, há sete anos.
O IPO também foi precificado apesar do cenário de um aumento nas tensões entre os Estados Unidos e a China, que renovou os temores de uma desaceleração econômica global e prejudicou os mercados globais.
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“Isso reflete talvez um pouco mais de cautela dos investidores”, afirmou o analista Tom White, da D.A. Davidson & Co, sobre o IPO do Uber. “Os investidores realmente querem mais um cronograma tangível e caminhos para a rentabilidade desses negócios do que o que as pessoas imaginavam que os investidores exigiriam no início do processo”.
Um porta-voz do Uber se recusou a comentar.
Como uma empresa privada, o Uber arrecadou mais de US$ 15 bilhões de investidores para alimentar seu crescimento e expansão na entrega de alimentos e transporte de cargas, com pouca consideração por obter lucro.
Agora uma empresa pública, o Uber terá que lidar com relatórios trimestrais de resultados e demandas dos acionistas para traçar um caminho para a lucratividade.
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