O WhatsApp, do Facebook, pediu aos usuários que atualizem para seu aplicativo de mensagens depois de informar que eles podem estar sob risco de terem spywares maliciosos instalados em seus celulares sem seu conhecimento.
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O WhatsApp informou o principal órgão regulador da empresa na União Europeia, a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC), sobre uma “séria vulnerabilidade de segurança” em sua plataforma. O aplicativo é usado por 1,5 bilhão de pessoas por mês.
“A DPC entende que a vulnerabilidade pode ter permitido um agente malicioso instalar software não autorizado e obter acesso a dados pessoais em dispositivos que tenham o WhatsApp instalado”, disse o regulador em um comunicado.
“O WhatsApp ainda está investigando se algum dado de usuário do WhatsApp da UE foi afetado como resultado desse incidente”, disse a DPC, acrescentando que o WhatsApp informou sobre o problema ontem (13).
Mais cedo, o “Financial Times (FT)” informou que uma vulnerabilidade no WhatsApp permitia que os invasores instalassem spyware nos telefones, ligando para alvos usando a função de chamada telefônica do aplicativo.
O “Financial Times” afirmou que o spyware foi desenvolvido pela empresa de vigilância cibernética israelense NSO Group e afeta tanto aparelhos Android quanto o iPhone. O “FT” disse que o WhatsApp ainda não poderia dar uma estimativa para o número de aparelhos que foram afetados.
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Questionado sobre o relatório, a NSO disse que sua tecnologia é licenciada para agências governamentais autorizadas “com o único propósito de combater o crime e o terror”, e que não opera o sistema, tendo um processo rigoroso de licenciamento e verificação.
“Investigamos quaisquer alegações confiáveis de uso indevido e, se necessário, tomamos providências, incluindo o fechamento do sistema. Sob nenhuma circunstância, a NSO estaria envolvida na operação ou identificação de alvos de sua tecnologia, que é exclusivamente operada por agências de inteligência e policiais”, disse a empresa.
O WhatsApp informou o problema ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos na semana passada, disse o “FT”.