O dólar não apenas engatou a terceira queda consecutiva como rompeu hoje (4) um importante suporte técnico, em um indicativo de mais desvalorização à frente.
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Depois de ter abandonado sua média móvel de 50 dias nos últimos pregões, nesta terça-feira a moeda norte-americana caiu abaixo da média de 200 dias, considerado um indicativo de longo prazo. E já está colado em sua média de 100 dias, outra importante medida técnica acompanhada pelo mercado.
Com isso, a divisa escapou do que é conhecido entre operadores como canal de alta, iniciado em fevereiro passado, pouco após a cotação bater as mínimas em torno de R$ 3,65.
Desde a máxima em oito meses alcançada em meados de maio, o dólar já acumula queda de 6%.
Analistas têm associado esse movimento a um intenso desmonte de posições compradas na moeda norte-americana nos mercados futuros, patrocinado pela melhora do clima político doméstico e acelerado pelo reforço nas discussões sobre cortes de juros nos Estados Unidos.
Apenas nos dois primeiros pregões deste mês, os fundos locais já se desfizeram de US$ 1,7 bilhão em apostas compradas na divisa dos EUA, considerando contratos de dólar futuro, cupom cambial e swap cambial. Entre o fim de janeiro e o término de maio, período de forte alta do dólar, esse grupo de investidores comprou, em termos líquidos, o equivalente a R$ 17,4 bilhões em contratos de dólar na B3.
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O ajuste de baixa na moeda ganha respaldo ainda na percepção de que o fluxo de divisas ao país tende a permanecer ou mesmo acelerar, inclusive do lado dos exportadores, que aproveitaram para fechar contratos de câmbio quando o dólar superou os R$ 4,10 recentemente.
“Apesar do declínio esperado para o ano, a balança comercial continuará em níveis elevados em relação aos anos anteriores”, afirmaram economistas do BTG Pactual em nota a clientes.
Em 12 meses até maio, o saldo da balança é positivo em US$ 59 bilhões.
O dólar à vista caiu nesta terça-feira 0,83% e fechou a R$ 3,8567 na venda. É o nível mais baixo para um encerramento desde 10 de abril passado (R$ 3,824).
Na B3, o contrato de dólar futuro mais negociado cedia 0,81%, a R$ 3,8625.
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A moeda norte-americana caiu abaixo da média móvel de 200 dias, de R$ 3,8667. É a primeira vez que isso acontece desde o começo de abril. A moeda já está bem próxima da média de 100 dias, atualmente em R$ 3,8547.
O real teve bom desempenho nesta sessão, mas ainda ficou atrás de pares como peso colombiano, peso chileno e peso mexicano, impulsionados pelas expectativas de alívio monetário nos EUA, o que amparou ativos de risco em todo o mundo nesta sessão. As bolsas de valores de Nova York tiveram nesta terça-feira o melhor dia em cinco meses.
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