O dólar subia levemente ante o real hoje (24), monitorando as discussões sobre a reforma da Previdência na comissão especial e na expectativa pela cúpula do G20 no Japão, onde Estados Unidos e China devem se reunir para tratar da guerra comercial.
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Às 10:42, a moeda norte-americana avançava 0,13%, a R$ 3,8290 na venda, com o mercado operando neste pregão na espera por fatos novos tanto internamente quanto vindos do exterior. Na sexta-feira (21), o dólar caiu 0,68%, a R$ 3,8239, menor patamar em três meses. Neste pregão, o dólar futuro subia por volta de 0,3%.
“(Dólar) oscilando sem grandes alterações até que tenha notícia nova tanto lá fora quanto aqui. Aqui o mais relevante vai ser na terça-feira (25), com a retomada dos trabalhos na comissão especial”, disse Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria.
Agentes financeiros iniciam a semana na expectativa pelo fim das discussões e votação do parecer da reforma da Previdência na comissão especial.
Na semana passada, o presidente da comissão especial da reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse que retomaria os trabalhos na manhã de terça-feira.
Na sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro minimizou a possibilidade de a comissão especial não conseguir votar o parecer da proposta nesta semana, em razão do tradicional esvaziamento dos trabalhadores do Congresso devido aos festejos juninos.
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“É viável uma votação na quinta-feira, mas a possibilidade de que fica pra próxima semana precisa ser considerada”, explicou Campos Neto. “Esfria um pouco desse clima de melhora que tomou conta. Não reverte, mas gera um pouco de cautela”.
Investidores trazem a preocupação de que o texto possa ser votado no plenário da Câmara, para onde segue finalizada a tramitação na comissão especial, antes do recesso parlamentar.
No panorama externo, investidores aguardam atentos a cúpula do G20, quando os presidentes dos Estados Unidos e China, Donald Trump e Xi Jinping, devem se reunir para tratar da disputa comercial.
O vice-ministro do Comércio chinês, Wang Shouwen, disse nesta segunda-feira que tanto a China quanto os EUA deveriam fazer concessões nas negociações comerciais.
Também permanece no radar do mercado as tensões geopolíticas entre EUA e Irã. Uma autoridade norte-americana disse nesta segunda-feira que Trump está disposto a conversar com o governo iraniano sobre um acordo para suspender as sanções norte-americanas.
De maneira geral, o dólar desvalorizava-se frente a outras moedas nesta segunda-feira, ainda pela percepção de que bancos centrais ao redor do mundo, liderados pelo Federal Reserve, deverão promover afrouxamento da política monetária em um cenário de crescentes sinais de fraqueza econômica global.
O BC realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.
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