O Ibovespa fechou hoje (19) acima dos 100 mil pontos pela primeira vez depois que o banco central dos Estados Unidos sinalizou um possível corte na taxa de juros do país neste ano.
LEIA MAIS: Ibovespa fecha acima de 99 mil pontos
O índice subiu 0,9%, a 100.303,41 pontos. O volume financeiro somava R$ 15,38 bilhões. Em março, o Ibovespa chegou a superar os 100 mil pontos em duas sessões, mas apenas durante o pregão, alcançando 100.438,87 pontos em 19 de março, recorde intradia ainda em vigor. No melhor momento do dia, o índice chegou a 100.327,15 pontos.
O Federal Reserve manteve a taxa de juros entre 2,25% e 2,50%, mas sinalizou possíveis cortes de até 0,5% no restante do ano, diante da maior incerteza econômica e queda nas projeções de inflação.
O mercado de juros futuros dos EUA embutia expectativas de corte já no próximo mês, com probabilidade de a taxa encerrar o ano abaixo de 1,75%.
Tal cenário tende a favorecer o fluxo de recursos para mercados emergentes, como o Brasil, em busca de melhores rendimentos.
“O Ibovespa segue muito barato para um cenário de menos juros no Brasil e no mundo”, afirmou o gestor de portfólio Guilherme Foureaux, sócio na Paineiras Investimentos. “Caso a reforma da Previdência siga andando, acreditamos que existe potencial grande de apreciação da bolsa brasileira.”
VEJA TAMBÉM: Ibovespa fecha em queda de 0,43%
A véspera de feriado no Brasil também foi marcada por expectativa para o desfecho da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, previsto para após o fechamento da bolsa.
Economistas do Itaú Unibanco esperam que o Copom mantenha a taxa Selic em 6,5% ao ano, citando a relutância da autoridade monetária em alterar o nível de estímulo até que haja maior clareza sobre as perspectivas de reformas econômicas.
A equipe liderada pelo ex-BC Mario Mesquita espera que os cortes de juros venham apenas após a aprovação da reforma da Previdência na primeira rodada de votação na Câmara dos Deputados, que eles esperam que ocorra em julho.
“Mais adiante, acreditamos que a combinação de fraca atividade econômica com inflação abaixo da meta e perspectiva inflacionária benigna deve abrir espaço para estímulos monetários adicionais, que levarão a taxa Selic a 5,0% em 2019.”
Siga FORBES Brasil nas redes sociais: