O principal índice da bolsa paulista fechou em forte queda hoje (25), quase perdendo o patamar dos 100 mil pontos após bater recorde nas duas sessões anteriores, com o mercado repercutindo o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e permeado por ruídos políticos que incluíram julgamentos no STF de pedidos de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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O Ibovespa fechou em baixa de 1,93%, a 100.092,95 pontos. Praticamente todas as ações do índice encerraram no vermelho, com exceção de JBS, que chegou a oscilar para terreno negativo. O volume financeiro da sessão somou R$ 15,08 bilhões.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que o banco central dos Estados Unidos está “isolado das pressões políticas de curto prazo” e afirmou que ele e seus colegas estão lutando para saber se a incerteza sobre o comércio e outras questões dão suporte para um corte de juros no país.
O discurso do Fed sobre o corte na taxa de juros “não é tão flexível quanto o mercado esperava”, disse Eduardo Guimarães, especialista em investimentos da consultoria Levante, apontando que a queda da bolsa brasileira se acentuou após as declarações de Powell.
Há ainda a expectativa da escalada das tensões entre EUA e Irã, com o porta-voz do governo iraniano dizendo que as sanções norte-americanas contra o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, são um ataque contra o país. Além do encontro do presidente chinês, Xi Jinping, com Donald Trump, na cúpula do G20. Segundo uma autoridade do governo norte-americano, o objetivo da reunião entre os presidentes é retomar as negociações comerciais, e existe uma boa chance de isso acontecer.
No cenário interno, o mercado segue aguardando o avanço da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. Além disso, as atenções se voltaram para a inesperada decisão do STF de julgar dois pedidos de liberdade apresentados pela defesa de Lula ainda nesta terça-feira. Antes de iniciar o julgamento, o ministro Gilmar Mendes chegou a propor ao colegiado que o ex-presidente respondesse ao processo em liberdade.
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“A gente tenta separar o que é ruído e o que é sinal. É algo mínimo, a não ser que isso afete a dinâmica da previdência de alguma forma”, disse Guimarães, da Levante.
Mais cedo, o mercado repercutiu a divulgação da ata da reunião do Copom, que indicou que o PIB deve ficar próximo da estabilidade no segundo trimestre. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o cenário da autoridade monetária é de retomada adiante de forma gradual.
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