A Boeing disse que fará uma provisão de US$ 4,9 bilhões no segundo trimestre ligada aos efeitos da manutenção em solo dos jatos 737 MAX, após acidentes fatais. A provisão resulta da redução de US$ 5,6 bilhões na receita e nos lucros antes dos impostos no trimestre, disse a fabricante em comunicado menos de uma semana antes da planejada divulgação de resultados financeiros, em 24 de julho.
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A Boeing está enfrentando uma das piores crises de sua história, já que seu jato mais vendido, o 737 MAX, continua parado após quedas na Etiópia e na Indonésia, que juntas mataram 346 pessoas em cinco meses. A fabricante enfrenta uma crise de reputação e o custo de por os aviões de volta no ar.
“Estamos tomando as medidas apropriadas para administrar nossa liquidez e aumentar nossa flexibilidade de balanço da melhor maneira possível enquanto estamos trabalhando com esses desafios”, disse o diretor financeiro da Boeing, Greg Smith.
A Boeing também disse que os custos estimados para a produção de sua principal aeronave de corredor único aumentaram em US$ 1,7 bilhão no trimestre, impulsionados principalmente pelos custos mais altos de uma redução maior do que a esperada em sua taxa de produção de aeronaves.
A Boeing reduziu o número de aviões de corredor único produzidos mensalmente na região de Seattle de 52 para 42, após o segundo acidente na Etiópia, e suspendeu as entregas das aeronaves a companhias aéreas.
Quando divulgou os resultados do primeiro trimestre em abril, a Boeing abandonou a meta financeira de 2019, suspendeu as recompras de ações e disse que a baixa da produção devido à parada dos aviões já tinha custado pelo menos US$ 1 bilhão.
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