O dólar avançava ante o real hoje (29), em semana importante de decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, com os mercados ainda de olho nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Às 10h05, o dólar avançava 0,47%, a R$ 3,7911 na venda.
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Na sexta-feira (26), o dólar caiu 0,24%, a R$ 3,7734 na venda. Na semana passada, entretanto, a divisa acumulou a maior alta para o período em mais de dois meses. Neste pregão, o dólar futuro subia cerca de 0,4%.
O mercado volta toda sua atenção nesta semana para as decisões de juros dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil, ambas na próxima quarta-feira. Juros futuros precificavam chance maior de um corte de 0,25% pelo Federal Reserve, com apenas uma pequena chance de redução de 0,5%.
Com isso, os investidores ficarão de olho em indicações do Fed sobre o rumo futuro de suas decisões de política monetária, em especial após a divulgação de um relatório forte sobre a economia dos EUA na sexta-feira (26) colocar em dúvida a percepção de alguns investidores de que o Fed continuará afrouxando a política monetária.
“No que tange aos movimentos nas taxas em si, o sentimento mais recente é de que o Fomc teria menos motivos para reduzir 50 pontos base já nessa reunião”, avaliou a corretora H.Commcor, em nota, ponderando, porém, que não estão descartadas as possibilidades de cortes nas próximas reuniões.
No caso do Brasil, as expectativas de economistas em pesquisa da Reuters apontam que o Copom cortará a Selic em 0,25% na próxima quarta-feira, o que leva a taxa para uma nova mínima recorde.
Também no caso do Copom, participantes do mercado observarão sinalizações da autoridade monetária sobre decisões futuras de juros, dado que a expectativa é que a Selic esteja em 5,50% ao fim deste ano, segundo pesquisa Focus divulgada pelo BC.
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“Tem essa pressão que esse corte de taxa de juros (do Copom) possa trazer no câmbio e essa pressão pode ser de alta”, explicou a economista da CM Capital Markets, Camila Abdelmalack, acrescentando que essa alta pode ocorrer mesmo com um corte pelo Fed, o que tende a beneficiar o real.
Do panorama externo, o mercado também traz no radar a retomada das negociações comerciais entre Estados Unidos e China, com a delegação norte-americana indo a Xangai nesta semana.
Expectativas de progresso durante os dois dias de reuniões são baixas, e autoridades e empresários esperam que os ambos os lados possam ao menos detalhar compromissos para gestos de “boa vontade” e abrir caminho para futuras negociações.
O Banco Central anunciou na sexta-feira que realizará em 1º de agosto leilão de até 11 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento outubro, no valor de US$ 11,5 bilhões.