A montadora Fiat Chrysler pegou o mercado de surpresa ao manter sua previsão para lucro anual hoje (31), após o forte desempenho de sua picape Ram na América do Norte ajudar a empresa a desafiar a desaceleração da indústria.
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O presidente-executivo Mike Manley, na primeira divulgação de um balanço da FCA após uma tentativa fracassada de se fundir com a Renault, também deixou a porta aberta para este ou outros acordos.
“Estamos abertos à oportunidade”, disse Manley em uma teleconferência com analistas.
“Não tenho dúvidas de que ainda haveria interesse nisso”, acrescentou, quando pressionado sobre o que seria necessário para retomar as negociações com a Renault. Manley se recusou a comentar mais.
Manley disse que uma fusão não é necessária e que o plano de negócios da Fiat Chrysler é forte. A companhia disse que continua confiante de que seu lucro ajustado antes dos juros e impostos (EBIT) superará os € 6,7 bilhões do ano passado.
Uma desaceleração das vendas de automóveis abalou o setor, forçando as concorrentes da FCA – incluindo Renault, Daimler e Aston Martin – a cortar suas projeções de vendas após os resultados do segundo trimestre, enquanto a montadora norte-americana Ford divulgou uma fraca previsão de lucro estimado para 2019.
No segundo trimestre, o EBIT ajustado da FCA totalizou € 1,52 bilhão, contra as expectativas dos analistas de € 1,43 bilhão, de acordo com uma pesquisa da Reuters.
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Os envios da FCA nos EUA caíram 12% no segundo trimestre, mas o grupo disse que o desempenho bem-sucedido de sua marca Ram resultou em uma maior participação do mercado de picapes de grande porte de 27,9%, 7 pontos percentuais acima do ano passado.
A margem EBIT ajustada na América do Norte subiu para 8,9%, ante 6,5% no primeiro trimestre, graças à forte demanda pela Ram e pela nova picape Jeep Gladiator.
O vice-presidente financeiro da companhia, Richard Palmer, também disse que a FCA deve divulgar margens de até 10% na região, tanto no terceiro quanto no quarto trimestre.
O analista da Evercore ISI, Arndt Ellinghorst, disse em uma nota que a margem do segundo trimestre na América do Norte “certamente é o maior alívio”, após o decepcionante desempenho do primeiro trimestre.
A FCA também citou o forte desempenho do grupo na América Latina, onde ganhou participação de mercado, para sustentar sua confiança nas perspectivas para o ano.
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