O Itaú Unibanco teve alta de 10,2% no lucro recorrente do segundo trimestre, a R$ 7,034 bilhões, apoiado em crescimento da carteira de crédito e ganhos com operações de tesouraria. O grupo financeiro também anunciou um programa de demissão voluntária envolvendo todas as suas companhias no Brasil, mas não informou o montante de adesões que pretende obter. O programa vai ficar aberto a interessados durante o mês de agosto. O conglomerado terminou junho com 98.446 funcionários, uma queda de cerca de 1,5% sobre um ano antes. No Brasil, o número de trabalhadores do grupo era de 85.161 no final do segundo trimestre.
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O resultado recorrente do maior banco privado do Brasil ficou praticamente em linha com a média de expectativas de analistas, de R$ 6,977 bilhões, segundo dados da Refinitiv. O Itaú Unibanco encerrou o segundo trimestre com R$ 4,04 bilhões em provisões para inadimplência líquidas de renegociação ante estimativa de analistas de R$ 4,2 bilhões. A inadimplência acima de 90 dias foi de 2,9% no período ante 3% nos três primeiros meses do ano e 2,8% no segundo trimestre de 2018.
A carteira de crédito subiu 5,85%, para R$ 659,727 bilhões. O banco afirmou que o destaque foi “a expansão das carteiras de pessoas físicas e de micro, pequenas e médias empresas que levou ao crescimento de 2,8% da margem financeira com clientes”.
Os empréstimos a pessoas físicas subiram 14%, enquanto a micro, pequenas e médias empresas tiveram expansão na carteira de 19%, segundo o balanço. Os financiamentos a grandes empresas recuaram 1,8%.
O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado do Itaú Unibanco foi de 23,5% no segundo trimestre ante 23,6% nos três primeiros meses do ano e 21,6% um ano antes. Analistas, em média, esperavam 22,7%, segundo dados da Refinitiv.