A elétrica mineira Cemig apresentou um lucro líquido de R$ 2,1 bilhões no segundo trimestre, ante prejuízo de R$ 10,9 milhões no mesmo período de 2018, com ajuda de receitas de créditos tributários e ganhos financeiros, informou a companhia no final a noite de quinta-feira.
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Segundo a empresa, em receita de créditos de PIS/Pasep e Cofins, a companhia obteve R$ 1,4 bilhão, enquanto no lado financeiro o total foi de cerca de R$ 1,5 bilhão, referente à atualização dos créditos daqueles tributos.
Tais receitas foram obtidas após ação judicial sobre o assunto ter tido trânsito em julgado, com decisão favorável a companhia.
Ao final de junho, a Cemig informou a decisão judicial que determinou que o ICMS deixe de compor a base de cálculo do PIS e Cofins nos faturamentos dos clientes da Cemig D, o que resultaria em redução média de aproximadamente 1% no valor das faturas.
“Os valores deverão ser restituídos aos consumidores a partir da efetiva compensação dos créditos fiscais, ainda pendentes de habilitação pela Receita Federal, sendo que deverão ser discutidos junto à Aneel (agência reguladora) os mecanismos e critérios de ressarcimento”, afirmou.
O indicador operacional da Cemig (Ebitda) consolidado apresentou um aumento de 105,07% no período, também principalmente devido ao reconhecimento dos créditos de PIS/Pasep e Cofins sobre o ICMS. A margem passou de 26,24% no mesmo período do ano passado para 59,54%.
A empresa disse ainda que a energia comercializada pelo grupo Cemig no segundo trimestre de 2019 totalizou 13.120.258 MWh, com decréscimo de 6,79% em relação ao mesmo trimestre de 2018, devido às reclassificações no mês de maio de consumidores industriais do mercado cativo para a classe Comercial e Residencial, redução no segmento livre devido à diferença de sazonalização e redução de vendas de energia no ACR (Ambiente de Contratação Regulada) devido ao término dos contratos de venda no 15º Leilão de Energia Existente.
A energia faturada pela Cemig GT totalizou 6.864.111 MWh no segundo trimestre de 2019, com decréscimo de 9,15% em relação ao mesmo período de 2018, com o consumo dos clientes industriais reduzindo 10,92% “em decorrência de uma maior sazonalização no início de 2019, alocando menos energia no primeiro semestre e mais energia no segundo semestre do ano”.
O total da dívida consolidada da companhia em 30 de junho de 2019 foi de R$ 13,9 bilhões, uma redução de 6,06% em relação a 31 de dezembro de 2018.
A empresa também anunciou provisões operacionais de R$ 869 milhões no segundo trimestre, contra R$ 134 milhões no mesmo período de 2018, um crescimento de 548,24%, devido principalmente ao reconhecimento de perda esperada por redução ao valor recuperável de contas a receber da sua controlada Renova, no montante de R$ 688 milhões, como resultado da avaliação do risco de crédito da investida.
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