O dólar fechou em queda ante o real hoje (13), depois de superar os R$ 4 mais cedo, com as operações domésticas captando o alívio externo depois de o adiamento de tarifas dos Estados Unidos contra produtos chineses sinalizar algum arrefecimento nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
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No mercado futuro, o ajuste de baixa no dólar veio acompanhado de forte volume de negócios. Por volta de 17h20, cerca de 520 mil contratos para o dólar futuro de maior liquidez já haviam trocado de mãos, o que torna esta sessão a mais agitada desde 17 de maio (557.395 contratos).
O dólar futuro cedia 0,51%, a R$ 3,9715. As operações com derivativos na B3 se encerram às 18h (de Brasília).
Já no mercado à vista, com negócios finalizados às 17h, o dólar caiu 0,42%, a R$ 3,9669 na venda. Na máxima, alcançada por volta de 10h30, a cotação bateu R$ 4,0133.
Mas imediatamente o dólar virou e passou a cair, após notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiou a imposição de tarifas sobre alguns produtos chineses, que inicialmente passariam a valer em setembro.
“Acho que poderemos entrar numa trégua comercial a partir de agora”, disse a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte. Segundo ela, o dólar pode voltar a operar entre R$ 3,80 e R$ 3,90 até o fim do ano. “As mínimas do começo do ano foram movimentos de ‘lua de mel’. Acho que ainda não voltamos para lá”, completou.
A mínima do dólar no ano foi atingida em 31 de janeiro, quando fechou em R$ 3,6588. Em 18 de julho, a cotação terminou em R$ 3,7293 reais, mínima mais recente.
Pesquisa do BofA mostrou gestores levemente menos positivos com o real, com 66% trabalhando com uma cotação do dólar a R$ 3,80 no final do ano, contra 84% na pesquisa anterior. E aumentou a parcela que vê a divisa entre R$ 3,81 e R$ 4.
Economistas de forma geral preveem taxa de câmbio de R$ 3,80 ao fim deste ano, conforme a mais recente pesquisa Focus do Banco Central.
Apesar do alívio na taxa de câmbio nesta sessão, a volatilidade seguiu elevada. A taxa implícita para três meses ficou na casa de 12,5%, perto das máximas desde 10 de julho. Ou seja, o mercado ainda prevê intenso vaivém no câmbio no curto prazo.
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