O dólar passou a se desvalorizar contra o real hoje (27), em dia marcado por volatilidade nos mercados de câmbio, com agentes financeiros ainda de olho nas movimentações envolvendo a guerra comercial entre Estados Unidos e China, em função de seus impactos sobre a economia global.
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Às 10:50, o dólar recuava 0,11%, a R$ 4,1350 na venda. Na véspera, o dólar fechou com valorização de 0,37%, a R$ 4,1396 na venda, maior nível para um término de sessão desde 18 de setembro de 2018 (R$ 4,1422 na venda), com o mercado ansioso acerca de ofertas de liquidez no plano doméstico, tendo como pano de fundo um ambiente de incerteza comercial no exterior. Neste pregão, o dólar futuro tinha queda de 0,54%.
Para o estrategista de renda-fixa da Coinvalores Corretora Paulo Celso Nepomuceno, o mercado está ajustando suas posições em relação à forte valorização do dólar no dia anterior, já que a falta de novidades sobre as relações comerciais entre EUA e China abre espaço para um reposicionamento.
“As notícias chegaram muito rapidamente na segunda-feira e o mercado reagiu de maneira exagerada. O cenário externo está ruim para todo mundo, mas agora – e como sempre – a gente fica à mercê das publicações do (presidente dos Estados Unidos, Donald) Trump no Twitter, que podem no minuto seguinte mudar todo o contexto.”
As opiniões sobre o clima em torno das negociações comerciais eram mistas, com alguns demonstrando expectativas de uma resolução iminente, e outros reticentes depois que uma autoridade chinesa disse que não soube de nenhum telefonema entre os dois lados.
Contra uma cesta de moedas, o dólar tinha queda de 0,18%, a 97,906. A moeda norte-americana, no entanto, mostrava ganhos contra a lira turca e o rand sul-africano, em dia de pouco apetite por moedas emergentes.
Enquanto isso, na cena doméstica, permanecia no radar as questões políticas envolvendo os ruídos sobre a falta de controle do governo do desmatamento na Floresta Amazônica, com o presidente Jair Bolsonaro se reunindo nesta terça-feira com governadores da Amazônia Legal e outros membros do governo.
O BC vendeu todos os US$ 550 milhões em moeda física nesta sexta-feira e negociou ainda todos os 11 mil contratos de swap cambial reverso ofertados – nos quais assume posição comprada em dólar.
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