O dólar começou a semana em nova alta contra o real, renovando a máxima em quase um ano, com o mercado ansioso acerca de ofertas de liquidez no plano doméstico tendo como pano de fundo um ambiente de incerteza comercial no exterior.
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O dólar à vista fechou com valorização de 0,37%, a R$ 4,1396 na venda. É o maior nível para um término de sessão desde 18 de setembro de 2018 (R$ 4,1422 na venda).
Na máxima intradiária da venda, o dólar à vista saiu a R$ 4,1640. Pelas taxas de compra, a cotação mais elevada foi de R$ 4,1624, maior patamar durante os negócios desde 19 de setembro de 2018 (R$ 4,1752 na compra).
O cenário externo arisco voltou a pesar sobre o câmbio, e analistas têm destacado a persistência da fragilidade do real, que em agosto consegue ter desempenho melhor apenas que o combalido peso argentino.
O novo dia de alta do dólar ocorreu a despeito de o Banco Central ter anunciado, na sexta à noite, que dará sequência ao longo de setembro às trocas de swaps cambiais por dólares das reservas, em operação que pode colocar no mercado à vista até US$ 11,6 bilhões.
“Começa a haver mais comentário sobre a necessidade de o BC ser mais ativo e fazer venda de dólares ‘novos’ das reservas”, disse um gestor, sob condição de anonimato.
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Outro profissional chamou atenção para o vencimento de US$ 3,8 bilhões em linhas de moeda com compromisso de recompra previsto para o começo de setembro. Até o momento o BC não anunciou a rolagem desses recursos, o que tem aumentado a ansiedade de profissionais do câmbio diante do risco de esse montante ou parte dele ser retirado do sistema.
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