A francesa Voltalia vai ampliar a aposta no Brasil com a abertura de uma nova empresa no país, voltada a projetos de geração distribuída de energia e eficiência energética, ao mesmo tempo em que continuará mirando oportunidades em leilões do governo para novas usinas de geração renovável, diz o chefe local da companhia. A ideia é ter uma unidade no Brasil da Helexia, empresa de serviços energéticos adquirida recentemente pela Voltalia, que tem ampla experiência na instalação de painéis solares em telhados na Europa. “Como acreditamos muito nesse mercado no Brasil, nós decidimos implantar a Helexia do Brasil para atuar nesse segmento e justamente para completar nossa gama de produtos”, disse o presidente da Voltalia no Brasil, Robert Klein, durante evento, ontem (27). Segundo ele, a empresa deverá estar totalmente operacional entre o final de 2019 e o início de 2020.
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A estratégia no mercado de geração distribuída deverá envolver tanto investimentos em instalações em telhados como na construção de usinas de médio porte para fornecer energia diretamente a clientes, conhecidas como “fazendas solares”, ou geração distribuída remota. “Fazemos muito telhados lá fora (com a Helexia) e a Voltalia faz mais geração centralizada (grande usinas)… se há possibilidade de continuar fazendo geração remota, Voltalia e Helexia juntas têm um grande valor pra trazer, então faremos também”, afirmou.
Em paralelo, a Voltalia seguirá participando de leilões do governo brasileiro para contratar novos projetos, inclusive avaliando o certame A-6, agendado para outubro. A companhia, que foi uma das vencedoras do último leilão público, o A-4, em junho, com um projeto eólico, também tem negociado contratos de venda de energia no mercado livre para alavancar projetos. “Olhamos tanto a parte de leilão quanto o mercado livre, continuamos com esses dois focos”, afirmou o executivo.
Ele acrescentou que a companhia está bastante focada em crescer em energia solar, após ter viabilizado principalmente projetos eólicos nos últimos anos. “Queremos ter tanto sucesso em solar como já tivemos em eólica, e continuamos em eólicas também. Acreditamos em todas fontes no Brasil”, disse Klein, que afirmou haver interesse também por pequenas hidrelétricas.
A Voltalia divulgou em junho que inicou negociações para vender fatias minoritárias em projetos eólicos no Brasil ao fundo de investimento STOA, mas segundo o executivo isso não significa de modo algum um recuo no interesse pelo país.
“Estamos em um momento de expansão. Expansão não significa que a gente só adquire ou constrói (novos projetos), expansão é também gerenciar o porfólio da maneira mais coerente possível”, afirmou. Ao anunciar as negociações pelos parques, a Voltalia disse que o movimento visa uma “reciclagem de capital”, uma vez que os recursos levantados poderão ser reinvestidos em novos projetos.
Além dos investimentos em usinas próprias, a Voltalia também desenvolve empreendimentos para vender a terceiros, nicho em que mantém a atuação e tem visto grande interesse de investidores, segundo Klein, que afirmou que o portfólio de projetos em desenvolvimento soma “vários gigawatts” em capacidade, incluindo futuras usinas em diversas regiões do Brasil.
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