A bolsa paulista teve uma sessão altamente volátil hoje (27), com o Ibovespa fechando no azul após alternar alta e baixa, diante de incertezas sobre questões comerciais envolvendo EUA e China e uma possível desaceleração no crescimento global.
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O Ibovespa subiu 0,88%, a 97.276,19 pontos, após ter recuado 4,7% no acumulado dos últimos três pregões. O volume financeiro da sessão somou R$ 20,65 bilhões.
Mais cedo, expectativas de desfecho positivo nas negociações entre Washington e Pequim prevaleceram, apesar dos sinais contraditórios nos últimos dias.
Para Bruno Madruga, chefe de renda variável da Monte Bravo, a forte volatilidade do Ibovespa tende a se manter enquanto não ocorre uma conclusão para o embate comercial entre EUA e China, que prejudica principalmente as economias emergentes.
O índice reverteu no começo da tarde com o aprofundamento na inversão da curva de rendimentos dos Treasuries nos EUA para níveis não vistos desde 2007, reacendendo o medo de recessão iminente. Em Wall Street, o S&P 500 recuou 0,33%, após ter subido 0,7% no melhor momento da sessão.
Profissionais da área de renda variável também citaram ruídos domésticos, como o relatório da Polícia Federal a partir da delação de executivos da Odebrecht dizendo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cometeu corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, o que ele nega.
Também no radar está a repercussão global dos incêndios na Amazônia, no momento em que os agentes estrangeiros seguem na defensiva. Na paulista, o saldo de capital externo no mês está negativo em R$ 11,6 bilhões, com números até dia 23.
Com a redução das perdas das bolsas em Nova York e a desaceleração do dólar, o Ibovespa acabou fechando o dia em alta, com ações mais líquidas se recuperando.
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