O Ibovespa fechou em queda hoje (26), engatando o terceiro pregão seguido no vermelho, reflexo de cautela e movimentos de realização de lucros diante de um ambiente externo sensível a questões comerciais, além de ruídos domésticos.
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Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa caiu 1,27%, a 96.429,60 pontos, mínima desde o 5 de junho. O giro financeiro da sessão somou R$ 14,4 bilhões.
Em agosto, o Ibovespa já acumula queda de 5,3%, caminhando para a primeira perda mensal em cinco meses.
“O mau humor na bolsa vem se sustentando”, disse o estrategista Odair Abate, da Panamby Capital, atribuindo as vendas fatores como a retórica dos Estados Unidos e da China em meio ao embate comercial entre os dois países.
O cenário político na Argentina e mesmo a repercussão global das queimadas na Amazônia corroboraram o clima mais pesado nos negócios, em um momento no qual os agentes estrangeiros seguem na defensiva na bolsa paulista, com o saldo de capital externo no mês negativo em quase R$ 11 bilhões.
O noticiário doméstico trouxe pesquisa CNT/MDA, que mostrou piora na avaliação positiva do governo do presidente Jair Bolsonaro, para 29,4%, ante 38,9% na pesquisa anterior. O percentual dos que desaprovam o desempenho pessoal saltou de 28,2% para 53,7%.
“A bolsa brasileira continua mostrando muita cautela com investidores buscando defesa na compra de dólar ou preferindo realizar lucros nas ações”, acrescentou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos. Até final de julho, o Ibovespa acumulava ganho de 15,8% em 2019.
O dólar fechou em alta de 0,37%, a R$ 4,1396, maior cotação desde setembro de 2018.
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