A Kroton Educacional divulgou hoje (14) lucro líquido ajustado de R$ 266,7 milhões no segundo trimestre, queda de 44,2% em relação ao mesmo período do ano passado, desempenho que atribuiu a despesas com aquisição da Somos e depreciação de investimentos nos últimos anos.
VEJA MAIS: Conselho da Kroton aprova R$ 800 mi em debêntures
Entre abril e junho, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou R$ 624,8 milhões de reais, queda de apenas 4,3%, enquanto a margem Ebitda caiu de 42,8% para 35,9%.
Analistas esperavam, em média, lucro líquido de R$ 301 milhões e Ebitda de R$ 733,5 milhões, conforme dados da Refinitiv.
No material do balanço, a empresa disse que permaneceram como itens não recorrentes no segundo trimestre R$ 69,1 milhões relacionados a rescisões decorrentes da aquisição da Somos e da redução da carga horária gerada por meio das iniciativas para aumento de eficiência, além de gastos de implantação das novas unidades e relacionados à aquisição da Somos, como consultorias e outros escritórios contratados para o processo de integração.
A companhia comprou a Somos em 2018 a fim de ampliar a atuação na educação básica.
A queda no lucro também foi explicada pela companhia pelo aumento dos níveis de depreciação derivado dos investimentos em produção de conteúdo e tecnologia.
A Kroton, contudo, reportou expansão de 14,2% na receita líquida, em parte ajudada pela aquisição da Somos, para R$ 1,7 bilhão, citando também forte recuperação do ticket médio do ensino superior no trimestre, com alta anual de 6,7% no segmento presencial e de 5% no ensino à distância (EAD).
No final de junho, o ensino superior tinha uma base de 888,37 mil alunos, sendo 361,42 mil no presencial e 526,95 mil no EAD. Um ano antes, eram 936,89 mil, 393,50 mil e 543,39 mil, respectivamente.
VEJA TAMBÉM: Kroton tem lucro líquido ajustado de R$ 403,4 milhões
“Essa variação negativa da base reflete o maior número de formaturas observadas no período em razão das fortes safras de captação verificadas em 2013 e 2014, além da mudança no perfil da base, com a redução no número de alunos Fies (que tradicionalmente, apresentavam menor evasão) e com o aumento dos alunos matriculados na modalidade 100% online de EAD (que possuem maior propensão a evadir)”, explicou a companhia.
“Adicionalmente, a manutenção de um alto nível de desemprego e a lenta recuperação econômica também contribuem para pressionar os indicadores de evasão.”
A provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) total do ensino superior sobre a receita líquida apresentou alta de 0,8 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 13,1% da receita líquida.
A empresa também disse que houve geração de caixa operacional após capex de R$ 140,9 milhões no segundo trimestre, revertendo resultado negativo no primeiro trimestre, embora o saldo positivo tenha sido inferior do de igual período de 2018.
O fluxo de caixa livre da companhia, porém, foi negativo em R$ 995,8 milhões, como resultado dos desembolsos realizados no trimestre para a realização da oferta de aquisição de ações para o fechamento de capital da Somos.
De acordo com a Kroton, os novos contratos assinados para 2020 da Plataforma Integrada de K12 estão acima da meta e substancialmente acima do verificado no primeiro semestre de 2018, como reflexo da nova estratégia comercial adotada pela companhia.
No resultado do semestre, a companhia disse que alcançou 49% da receita e 45% do Ebitda esperados para o ano de 2019, “o que demonstra um pleno alinhamento ao guidance divulgado em maio”.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Tenha também a Forbes no Google Notícias.