O grupo Odebrecht apresentou a credores seu plano de recuperação judicial, propondo que eles troquem seus recebíveis por títulos de pagamento com base nos resultados futuros da companhia. Em comunicado, o presidente-executivo da companhia, Luciano Guidolin, afirmou que uma redução da dívida decorrente do acordo garantirá “a atividade produtiva, a preservação de empregos e a geração de valor para todos os stakeholders”.
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Em junho, cerca de três anos após ter sido atingida pelos efeitos de uma profunda recessão no Brasil e das investigações da operação Lava Jato, a Odebrecht formalizou seu pedido de recuperação judicial, num dos maiores processos do tipo na história no país.
O processo exclui a Atvos (do setor de etanol), que fez um pedido isolado de recuperação judicial, além da Braskem, da empreiteira OEC, da Ocyan (do setor de óleo e gás), da incorporadora OR, da Odebrecht Transport e do estaleiro Enseada. O plano envolve R$ 51 bilhões de dívidas concursais, ou seja, passíveis de reestruturação. Outros R$ 14,5 bilhões são compostos sobretudo por dívidas lastreadas em ações da Braskem e não passíveis de reestruturação. O montante também exclui dívidas cruzadas entre as unidades do grupo, de cerca de 30 bilhões. No total, o conglomerado tem dívidas de R$ 98,5 bilhões.
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