A Oi está avaliando a possibilidade de ampliar investimentos neste ano para até R$ 7,5 bilhões, focando em aceleração de sua base de clientes conectados a serviço de fibra óptica (FTTH) enquanto trabalha em processo de venda de ativos.
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O grupo de telecomunicações que em 2016 apresentou um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do Brasil, investiu em 2018 cerca de R$ 6 bilhões e estima para o próximo ano “algo em torno” de R$ 7 bilhões, afirmou executivo em teleconferência com analistas.
A companhia que divulgou no final de ontem (14) prejuízo de segundo trimestre de R$ 1,56 bilhão, acima do resultado negativo de R$ 1,26 bilhão de um ano antes, registrava queda de cerca de 8% em sua ação ordinária às 11h, enquanto o papel preferencial tinha baixa de 7%. As ações não integram o Ibovespa, que no horário caía 0,4%. “O FTTH vai ser um motor importante para o crescimento do Ebitda no curto prazo”, disse o diretor financeiro da Oi, Carlos Brandão.
A empresa terminou julho com 291 mil clientes conectados à fibra óptica, serviço de margens maiores que os de linha tradicional de cobre, ante 145 mil ao fim de março e 36 mil no fim de junho de 2018.
A infraestrutura de fibra óptica da Oi já passava por 2,86 milhões de residências no final do mês passado ante 1,657 milhão no primeiro trimestre e 582 mil no segundo trimestre do ano passado.
Até julho, a empresa tinha oferta de FTTH em 68 cidades do país ante 38 no primeiro trimestre e 10 no final do primeiro semestre de 2018.
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Brandão afirmou que a Oi ainda espera anunciar a venda da operadora angolana Unitel até o quarto trimestre deste ano, embora não tenha fornecido detalhes sobre o valor que espera conseguir levantar ou com que grupos a empresa está negociando.
Incluindo a Unitel, o valor que a Oi pretende levantar com venda de ativos entre o final deste ano e o início de 2021 é de R$ 6,5 bilhões a R$ 7,5 bilhões. Os ativos incluem ainda torres de telecomunicação, operações de central de processamento de dados e imóveis.
O diretor financeiro também mencionou que a Oi “avalia todas as opções estratégicas” para gerar valor a acionistas no segmento móvel, mas não deu detalhes sobre isso. A empresa está dosando investimento em sua infreaestrutura de telefonia móvel 4G e 4,5G em áreas onde já está presente, para defender seu mercado, e está focando expansão em áreas onde sua participação é baixa.
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