O dólar operava em alta contra o real hoje (23), chegando a ficar a apenas 0,44% da máxima histórica de fechamento, com agentes do mercado à espera de novidades sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, em meio a maior cautela no cenário externo após leituras de atividade de negócios sugerirem crescimento estagnado na zona do euro.
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Às 11:39, a moeda norte-americana avançava 0,42%, a R$ 4,1711 na venda. Na máxima, a cotação foi a R$ 4,1773 na venda, a apenas 0,44% do recorde de fechamento de R$ 4,1957 na venda alcançado em 13 de setembro de 2018. Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 0,49%, a R$ 4,1715.
“Ainda estamos refém do cenário externo. A redução das expectativas de um acordo entre EUA e China e a divulgação de dados fracos na Europa deixaram o investidor menos propenso a procurar por ativos de risco, já que os temores de uma recessão global voltaram com tudo”, afirmou Fernando Bergallo, diretor de operações da Assessoria de câmbio FB Capital.
Um acordo comercial entre EUA e China pareceu ter ficado mais distante na sexta-feira, depois que autoridades chinesas cancelarem inesperadamente uma visita a fazendas de Montana e Nebraska em meio a dois dias de negociações em Washington.
A alta do dólar contra o real era destaque nos mercados globais de câmbio, em sessão marcada por menor volume de negócios para o horário (em comparação à média de cerca de um mês), com a moeda norte-americana também subindo 0,15% contra uma cesta de moedas.
Para Begallo, o dólar tende a se manter volátil, com o risco de subir para além da marca de R$ 4,20 e de possíveis atuações adicionais do Banco Central.
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Nesta sessão, o BC vendeu todos os US$ 580 milhões ofertados em moeda física e negociou ainda todos os 11.600 contratos de swap cambial reverso ofertados – nos quais assume posição comprada em dólar. Adicionalmente, a autarquia vendeu também US$ 1,8 bilhão em leilão de rolagem de linha de dólar.
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