A Inditex, maior varejista de moda do mundo, divulgou hoje (11) um crescimento mais fraco do que o esperado nas margens de lucro no primeiro semestre do ano, o que pressionava suas ações.
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O decepcionante desempenho da margem ofuscou o forte crescimento das vendas no primeiro semestre, impulsionado pelo bom clima do verão na Europa.
As ações da empresa, que haviam se valorizado 28% no acumulado do ano, caíam cerca de 3% às 9:30 (horário de Brasília).
A margem bruta do primeiro semestre, uma medida de rentabilidade, aumentou 12 pontos base, levando alguns analistas a estimar que as margens caíram no segundo trimestre. A Inditex, proprietária da Zara, não divulga as margens de lucro do segundo trimestre.
A Inditex disse que a margem bruta do primeiro semestre ficou em linha com as previsões da empresa.
“A temporada foi positiva em termos de evolução da margem bruta com esse aumento da margem bruta de 12 pontos base … em linha com nosso guidance”, afirmou o presidente do conselho, Pablo Isla, em uma teleconferência.
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A performance da margem pode ter sido influenciada por efeitos de moeda estrangeira e “uma tendência menos forte nas vendas a preço total”, disse Richard Chamberlain, analista da RBC Capital Markets, que estimou uma queda de 22 pontos base na margem bruta no segundo trimestre.
Um euro mais forte pode pressionar os lucros, pois o grupo gera mais da metade de suas vendas em outras moedas e depois registra essas vendas em euros ao divulgar os resultados.
A Inditex tem sido um dos poucos pontos positivos em um mercado de roupas em dificuldades, com o crescimento das vendas superando o de concorrentes como a H&M da Suécia, ao se adaptar às mudanças nos hábitos de compra dos consumidores, combinando grandes lojas com vendas online.
As vendas – nas lojas físicas e online – aumentaram 8% nas primeiras cinco semanas do último período financeiro. A Inditex, que também possui as marcas Massimo Dutti e Bershka, reiterou sua previsão de crescimento de vendas para o ano todo de 4% a 6%.
A varejista espanhola registrou lucro líquido de € 1,55 bilhão no período de 1º de fevereiro a 31 de julho, com vendas crescendo 7%, para a € 12,82 bilhões, em linha com as expectativas dos analistas.
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