A fabricante de bebidas Ambev reportou hoje (25) um lucro líquido 9,7% menor no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2018, refletindo a estagnação dos volumes após vendas mais fracas no Brasil, enquanto os custos e as despesas gerais cresceram no período.
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A subsidiária brasileira da Anheuser Busch InBev lucrou R$ 2,604 bilhões entre julho e setembro, em linha com a estimativa média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 2,537 bilhões.
A receita líquida trimestral da Ambev subiu 8,1% ano a ano, para R$ 11,96 bilhões, enquanto os volumes aumentaram apenas 0,8% na mesma comparação, para 37,8 milhões de hectolitros. Como resultado, a receita por hectolitro avançou 7,2%.
Ainda assim, o custo total de produtos vendidos somou R$ 5,23 bilhões, alta de 19,8% em relação ao terceiro trimestre de 2018, puxado principalmente por pressões inflacionárias na Argentina, taxa de câmbio e preços mais altos de commodities.
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No Brasil, o maior mercado da matriz AB InBev depois dos Estados Unidos, a empresa viu os volumes de venda caírem quase 3% após reajuste de preços e diante de condições macroeconômicos ainda desafiadoras, enquanto a concorrência promoveu descontos no período.
“Os desafios enfrentados no terceiro trimestre, alguns dos quais continuam no quarto trimestre, podem inibir nossa capacidade de acelerar o crescimento de Ebitda no Brasil este ano”, alertou a Ambev no material de divulgação do balanço.
No trimestre encerrado em 30 de setembro, a companhia apurou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 4,41 bilhões, queda de 4% em relação ao mesmo período de 2018. Analistas, em média, previam Ebitda de R$ 4,863 bilhões, de acordo com levantamento da Refinitiv.
As despesas financeiras da Ambev encolheram 53,7% no terceiro trimestre, mas os gastos gerais, com vendas e administrativos subiram 6,8% na mesma base.
A Ambev, na qual a AB InBev detém participação de 61,9%, está presente em 16 países nas Américas, incluindo Argentina e Canadá.
As ações da Ambev negociadas na bolsa paulista já subiram quase 25% até agora neste ano, praticamente anulando a queda de 25,4% registrada em 2018.
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