O governo brasileiro está determinado a atrair companhias aéreas estrangeiras para operar voos domésticos no país, e terá conversas com pelo menos três empresas, disse ontem (27) o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, à Reuters.
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“Vamos conversar com a Jet Blue, vamos conversar com a Volaris, um grupo mexicano, vamos conversar com a Sky Airline, que é chilena”, disse Glanzmann em entrevista durante o ALTA Airline Leaders Forum, uma conferência da indústria, em Brasília.
“São conversas para introduzir o Brasil para eles, não significam que as companhias estão dizendo que virão para cá”, acrescentou o secretário.
Glanzmann disse que as reuniões com a Volaris e a JetBlue Airways devem ocorrer ainda hoje (28).
Um representante da Sky disse que a companhia cancelou sua participação na conferência ALTA por causa dos protestos no Chile, mas não quis comentar sobre a reunião com o governo brasileiro. A Jet Blue e a Volaris não responderam de imediato a pedidos de comentário.
Recentemente, o governo começou a trabalhar por mais abertura do mercado brasileiro de aviação, que é o maior da América Latina. O presidente Jair Bolsonaro autorizou que companhias estrangeiras se instalem no segmento doméstico.
Hoje, o mercado de aviação doméstica brasileiro encontra-se altamente concentrado em três companhias – Gol, Latam e Azul.
Até este ano, havia uma quarta empresa, a Avianca Brasil, que encerrou suas operações em maio, depois de entrar com um pedido de recuperação judicial no fim do ano passado, em um alerta sobre o risco e a volatilidade de operar no Brasil.
A reação à liberação do mercado brasileiro tem sido tímida, mas o grupo espanhol Globalia já declarou intenção de operar linhas domésticas no Brasil. Glanzmann espera que outras empresas sigam o mesmo caminho.
A estratégia, segundo ele, envolve a atração das companhias estrangeiras primeiro para operar voos internacionais.
“Estamos trabalhando primeiro com rotas internacionais, mas já estamos trabalhando para que tais operações se tornem operações domésticas no mercado brasileiro”, disse o secretário.
No ano passado, quatro companhias aéreas de baixo custo começaram a operar voos internacionais para o Brasil: a JetSMART, que pertence à Indigo Partners, a Sky Airlines, a Norwegian Air Shuttle e a argentina Flybondi.
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