O dólar operava em queda contra o real hoje (9), em sessão mais positiva no cenário externo diante de algum alívio acerca das negociações comerciais, e em meio a apostas de continuidade dos cortes de juros pelo Banco Central após deflação no Brasil em setembro.
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Às 10:27, a moeda norte-americana recuava 0,23%, a R$ 4,0823 na venda. Na véspera, o dólar à vista encerrou em queda de 0,31%, a R$ 4,0917 na venda. Na B3, o dólar futuro tinha baixa de 0,23%, a R$ 4,0915.
Para Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, o fator externo positivo direcionava o desempenho do dólar nesta sessão, apesar de ainda existir muita incerteza acerca das negociações comerciais.
“A tendência ainda é positiva, mas tudo pode mudar ao longo da sessão”, afirmou Campos Neto.
As expectativas de um acordo entre China e EUA se elevaram depois de notícia afirmando que o país asiático ainda está aberto para fechar um acordo parcial com Washington, apesar da recente lista de sanções a empresas de tecnologia chinesas.
O vice-premiê chinês, Liu He, chegará esta semana a Washington para negociações comerciais de alto nível. Ele vai se encontrar com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e com o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, na quinta-feira (10).
Na cena doméstica, o país registrou deflação em setembro pela primeira vez em 10 meses, no resultado mais fraco para o IPCA no mês em 21 anos e indo abaixo de 3% no acumulado em 12 meses.
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Segundo Campos Neto, o dado reforça a posição do Banco Central de dar continuidade aos cortes da Selic, reduzindo o diferencial de taxa do Brasil em relação ao restante do mundo, o que desestimula alocação de capital para a renda fixa ou operações de carry trade (arbitragem com taxas de juros).
“Isso acaba reduzindo a queda do dólar contra o real, mesmo com a cena externa mais positiva”, afirmou Campos Neto.
Nesta sessão, o BC vendeu todo os US$ 525 milhões em moeda spot ofertados, e 10.500 contratos de swap cambial reverso (oferta de 10.500 contratos).
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