O dólar encerrou em alta contra o real hoje (7), em dia de maior aversão a ativos de risco no exterior, com agentes do mercado monitorando o desenvolvimento das negociações comerciais EUA-China.
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A moeda norte-americana fechou em R$ 4,1045, com valorização de 1,15%, maior alta desde 19 de setembro. Na máxima intradia, o dólar chegou a tocar R$ 4,1081 na venda. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 1,18%, a R$ 4,1125.
“Tivemos um dia de muitas incertezas, todas elas mais conectadas ao cenário externo e sem grandes parâmetro locais para justificar o movimento de alta”, afirmou Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.
O apetite geral dos investidores por risco era fraco nesta segunda, com a moeda norte-americana se valorizando contra a maioria de suas divisas. O humor foi afetado depois que a “Bloomberg” afirmou que as autoridades chinesas estavam relutantes em concordar com o amplo acordo comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
As negociações comerciais de alto escalão entre os dois países serão retomadas na quinta-feira (10).
“A tendência é que a moeda fique mais ou menos nesse intervalo de negociação ao longo da semana, a menos que haja alguma notícia muito impressionante”, completou Vieira.
Segundo operadores, os mercados também se mantinham atentos às declarações das autoridades do Fed para mais sinais sobre o futuro da política monetária do banco central dos EUA.
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Nesta segunda, os juros futuros dos EUA indicavam que operadores veem 73,2% de chance de o Fed cortar os juros para um intervalo entre 1,50% e 1,75% em sua próxima reunião de política monetária, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.
Na cena doméstica, agentes do mercado seguem monitorando as movimentações da equipe econômica do governo, em meio a temores de que disputas em torno da cessão onerosa possam comprometer o calendário original de conclusão da votação da proposta da reforma da Previdência no Senado, embora seja certo entre senadores e integrantes do Executivo que o texto será aprovado na Casa.
Nesta segunda, o governo encaminhou ao Congresso projeto de lei para a modernização da legislação cambial, com propostas de consolidação e simplificação das normas desse mercado. O texto, que só entrará em vigor um ano após sua aprovação, prevê a entrada de fintechs no mercado de câmbio e abre espaço para a abertura de contas em dólar no país por pessoas físicas.
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