O dólar opera em leve queda contra o real na manhã de hoje (2), após ter iniciado a sessão em alta, com o mercado ainda digerindo a aprovação em primeiro turno do texto-base da reforma da Previdência no Senado ontem (1), e monitorando o cenário externo em dia marcado por preocupações sobre a desaceleração da economia global.
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Às 10h35, a moeda norte-americana recuava 0,11%, a R$ 4,1578 na venda.
Na véspera, o dólar fechou em leve alta de 0,17%, a R$ 4,1624 na venda. Neste pregão, o dólar futuro tinha estabilidade, a R$ 4,166.
Para Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora, a moeda vem realizando ajustes na sessão contra o real, apesar de o cenário ser ainda de muita incerteza sobre a saúde da economia global.
“O mercado é vendedor. Ele já entendeu que o nível de R$ 4,18 é o teto e, quando a moeda toca esse patamar, o exportador tende a vender a moeda”, disse Silva.
O dólar chegou a R$ 4,1825 na máxima intradia desta quarta-feira, tendo de pano de fundo a aprovação na véspera do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência em primeiro turno no Senado.
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A conclusão da votação foi adiada para esta quarta após a aprovação de um destaque que derrubou novas regras mais rígidas sobre o abono salarial e diminuiu a economia prevista com a reforma. “O grande desafio [para a reforma] virá na segunda votação”, acrescentou Silva.
Nesta sessão, o BC vendeu todos os US$ 525 milhões ofertados em moeda física e negociou ainda todos os 10,5 mil contratos de swap cambial reverso ofertados.
No cenário externo, a sessão era marcada pelas preocupações com a saúde da economia global, depois que dados industriais fracos dos Estados Unidos e Japão reavivaram os temores de uma recessão global.
“O ambiente de negócios tende a continuar instável reagindo ao sabor das notícias e da projeção de cenários”, afirmou Alexandre Faganello, operador da Advanced Corretora, em nota.
Contra uma cesta de moedas, o dólar operava próximo à estabilidade, a 99.159.
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