O dólar fechou em leve alta hoje (29), voltando a ficar acima dos R$ 4 depois de na véspera ter terminado abaixo desse patamar pela primeira vez desde agosto, conforme o mercado se acomodou na véspera de aguardadas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
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No mercado interbancário, o dólar encerrou esta terça em alta de 0,28%, a R$ 4,0032 na venda. Na B3 – onde as operações com derivativos vão até as 18h -, o contrato de dólar futuro mais negociado mostrava elevação de 0,25%, a R$ 4,0015, por volta de 17h11.
A leve alta da moeda nesta sessão manteve o padrão do mercado deste mês, que alterna alguns dias de quedas com sessões de modestos ganhos.
Na sexta, o dólar caiu 0,88%, enquanto na véspera a cotação cedeu 0,44%, para R$ 3,9919 na venda – menor patamar desde 15 de agosto.
Esta terça marcou o segundo dia consecutivo em que a cotação evitou fechar abaixo de sua média móvel linear de 100 dias, indicador técnico acompanhado pelo mercado. Na semana passada, o dólar caiu abaixo da média de 50 dias, o que pode ter acionado ordens automáticas de vendas e endossado a queda da moeda abaixo dos R$ 4.
“Nos atuais patamares alguma estabilização de curto prazo pode ser vista”, disse Karen Jones, analista do Commerzbank, que vê as taxas de R$ 3,9843 e R$ 4,0502 como respectivos níveis imediatos de suporte e resistência.
Em outubro, o dólar acumula depreciação de 3,67%, a caminho da maior baixa mensal desde janeiro. A aprovação da reforma da Previdência no Brasil, expectativas de ingressos de capital, de juros mais baixos nos Estados Unidos, sinais de progresso nas negociações tarifárias entre China e EUA e a maior possibilidade de um Brexit ordenado têm respaldado o alívio para a taxa de câmbio.
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Ainda assim, qualquer valorização mais forte do real deve ser limitada pela perspectiva de queda da Selic, que diminui o retorno da moeda doméstica em relação a outras divisas.
Pela pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado prevê taxa de R$ 4,00 tanto ao fim de 2019 quanto no encerramento de 2020.
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