A Eletrobras estimou ontem (16) que poderá levantar até R$ 5,1 bilhões com um planejado aumento de capital por subscrição de até R$ 9,98 bilhões, segundo uma apresentação da empresa divulgada ao mercado.
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Nesse cenário, um mínimo de R$ 4,05 bilhões seria integralizado pela União, controladora da empresa, por meio da capitalização de Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital (AFACs). O montante máximo inclui a participação de fundos do governo, BNDES/BNDESpar e 100% dos minoritários.
No cenário em que 60% dos minoritários participem, além da União, a entrada de recursos seria de R$ 1,9 bilhão.
Na terça-feira (15), a estatal informou a aprovação pelo seu conselho de administração de convocação de assembleia de acionistas em 14 de novembro para deliberar sobre o tema.
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A companhia já havia informado que as ações emitidas na operação terão preço unitário de R$ 35,72 para novos papéis ordinários e de R$ 37,50 para os preferenciais de classe B.
O valor foi definido com base na média ponderada dos últimos 30 pregões da bolsa B3 antes de 7 de outubro pelo volume de ações negociadas no período, considerando-se deságio de 15%. Os acionistas terão direito de preferência para subscrever novas ações na proporção de suas participações da companhia.
A Eletrobras adicionou que os novos recursos levantados com a operação visam a reforçar o caixa e fazer frente a seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2023, incluindo despesas com planos de desligamento, reperfilamento de dívida e desalavancagem. Na apresentação de ontem, a Eletrobras reforçou a opção de os acionistas com direitos a dividendos referentes a 2018 ainda não pagos usarem esses créditos para subscrever ações no aumento de capital, o que pode evitar desembolso de caixa pela empresa.
No melhor cenário, a saída de caixa evitada, com dividendos capitalizados, seria de R$ 801 milhões. Na outra hipótese, mais conservadora, a saída evitada seria de R$ 322 milhões.
Além da aprovação pela assembleia, a operação depende da emissão de decreto presidencial, que deve acontecer até a data da assembleia, segundo proposta da administração da Eletrobras.
Pelo cronograma, a conclusão do processo do aumento de capital será em dezembro.
A Eletrobras negou notícias de que o aumento de capital ocorrerá por falta de apoio no Congresso ao processo de desestatização da empresa, previsto para 2020.
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