O lucro da BP caiu acentuadamente no terceiro trimestre, impactado por preços mais baixos do petróleo, mas margens fortes nas operações de refino ajudaram a companhia a superar expectativas mesmo após uma perda não recorrente de US$ 2,6 bilhões relacionada à venda de ativos.
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A BP, assim como outras grandes empresas de energia, tem sido afetada pela queda nos preços do petróleo à medida que tensões comerciais entre EUA e China impactaram a demanda global por petróleo.
A petrolífera britânica registrou seu primeiro prejuízo líquido em mais de três anos no trimestre devido à perda não recorrente, mas o presidente-executivo Bob Dudley, que deixará o cargo no próximo ano, após uma década no comando, disse que o lucro ajustado e o fluxo de caixa foram fortes.
O fluxo de caixa operacional ficou estável no trimestre na comparação com mesmo período do ano anterior, em US$ 6,1 bilhões, apesar de uma queda de 17% nos preços.
“Em um trimestre desafiador para o setor de energia, os resultados da BP foram marcadamente resilientes”, disse o analista Oswald Clint, do Bernstein.
Com a perda não recorrente de US$ 2,6 bilhões, a BP teve prejuízo líquido de US$ 700 milhões, mas a companhia havia avisado mais cedo neste mês sobre a perda, dizendo que ela teria impacto de entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões no trimestre.
O impacto vem em um momento em que a companhia está perto de conseguir se desfazer de ativos avaliados em US$ 10 bilhões até o final de 2019, um ano antes do previsto.
Até o momento no ano, a BP já obteve US$ 1,4 bilhão com desinvestimentos.
O lucro adjacente considerando custos de reposição, utilizado como definição de lucro líquido pela BR, caiu 40% na comparação anual, para US$ 2,3 bilhões. Ainda assim, ficou acima da previsão de analistas consultados pela companhia, de US$ 1,73 bilhão, comparado a US$ 2,81 bilhões no segundo trimestre de 2019.
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