A Boeing cortou a produção do jato Dreamliner e atrasou a chegada de sucessor do mini-jumbo 777, informou a companhia ao divulgar hoje (23) queda de 53% no lucro do terceiro trimestre, atingida pela crise em torno do avião 737 MAX.
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A maior fabricante de aviões do mundo disse que também está adiando planos de aumentar produção da linha 737 em Seattle e que não atingirá o nível recorde de 57 aeronaves mensais montadas até o final de 2020, meses depois do planejado anteriormente.
Apesar dos contratempos industriais, as ações da Boeing subiam 2,85% às 12h45 (horário de Brasília), pois a empresa manteve perspectiva de retorno da operação do 737 MAX no quarto trimestre, o que minimizava o anúncio do corte na produção do 787 Dreamliner e outros problemas, disse um analista.
“O corte do 787 parece estar principalmente ligado às negociações comerciais com a China, que pelo menos têm potencial para melhorar nos próximos 12 meses”, disse o analista da Seaport Global, Josh Sullivan.
A Boeing divulgou mais cedo queda do lucro operacional para US$ 895 milhões, ou US$ 1,45 por ação, ante US$ 1,89 bilhão, ou US$ 3,58 por papel, um ano antes. O fluxo de caixa livre ficou negativo em US$ 2,89 bilhões no trimestre ante um número positivo de US$ 4,10 bilhões um ano atrás.
Em teleconferência, o presidente-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, afirmou que espera que a compra do controle da divisão de jatos comerciais da Embraer seja concluída no início de 2020.
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Muilenburg comentou ainda que a Boeing está em testes finais do reparo no software do 737 MAX, modelo que registrou duas quedas em questão de alguns meses que mataram centenas de pessoas entre 2018 e o início deste ano.
Segundo ele, a General Electric está fazendo um “bom progresso” para resolver os problemas da turbina GE9X do 777X e que a aeronave ainda está programada para um primeiro voo no início de 2020. Mas Muilenburg afirmou que agora a Boeing está considerando a primeira entrega do avião no começo de 2021.
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