O dólar fechou em leve queda pela segunda sessão consecutiva hoje (21), ficando abaixo do patamar psicológico de R$ 4,20, depois de oscilar entre ligeiras altas e baixas num pregão de volta de feriado local e de noticiário conflituoso sobre EUA e China no exterior.
O dólar à vista caiu 0,15%, a R$ 4,1927 na venda. A cotação oscilou entre R$ 4,2250 na venda (+0,62%) e R$ 4,1841 (-0,35%). Na B3, em que os negócios vão até as 18h15, o dólar futuro de maior liquidez rondava estabilidade, a R$ 4,1975.
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De forma geral, o real teve um desempenho mais fraco que alguns de seus rivais nesta sessão, já que rand sul-africano (+0,7%), peso colombiano (+0,6%), peso mexicano (+0,5%) e sol peruano (+0,2%) ganhavam terreno ante o dólar.
O mercado ainda evita vender dólar no curtíssimo prazo, mesmo com a moeda perto de uma importante linha de resistência, em parte pelo entendimento de que o Banco Central não vê urgência em intervir no mercado para defender o câmbio.
Por outro lado, a cotação tem encontrado obstáculos para avançar acima de R$ 4,20, o que para alguns analistas é interpretado como uma indicação de que o real estaria mais inclinado a um ajuste positivo daqui para a frente.
“Apesar do baixo ‘carry’, esperamos que o real permaneça bem ancorado durante o período de previsão, dado o desequilíbrio moderado da conta corrente, sólido investimento estrangeiro direto perto de 4% do PIB, ambiente de baixa inflação, recuperação cíclica da economia ganhando força, perspectiva de melhora na nota de crédito soberano e políticas pró-mercado e investimento”, disseram analistas do Goldman Sachs em nota.
O Goldman espera dólar de R$ 4,15 ao fim de 2019 (apreciação nominal de 1,03% do real até o fim do ano) e de R$ 4,05 ao término de 2020 (valorização de 3,52% para o câmbio).
O Credit Suisse avaliou que, com posições técnicas “mais limpas”, o mercado de câmbio se volta agora para indicadores de atividade.
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“Os dados do PIB do terceiro trimestre, a serem divulgados em 3 de dezembro, provavelmente serão um teste importante nessa frente, especialmente à luz dos dados mais firmes da atividade econômica de setembro, divulgados na semana passada”, disseram analistas do banco em relatório.
No geral, o Credit espera que a moeda fique num intervalo entre R$ 4,25 e R$ 4,10 no curto prazo.
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