O dólar fechou em alta ante o real hoje (10), num ajuste depois de seis pregões consecutivos de queda, numa sessão negativa para algumas moedas latino-americanas e com o mercado evitando risco um dia antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos.
O pregão foi de ajuste também numa medida de incerteza para a taxa de câmbio (a volatilidade implícita em contratos de opção de dólar de três meses), que subiu depois de cair por várias sessões e atingir o menor patamar em cinco anos e meio.
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O dólar à vista subiu 0,47%, a R$ 4,1486 na venda. Na B3, em que as negociações vão até as 18h15, o contrato de dólar futuro mais movimentado tinha alta de 0,13%, a R$ 4,1520.
A alta da cotação nesta terça mostrou que a moeda ainda tem dificuldades em romper suportes técnicos. Na véspera, depois de seis quedas consecutivas, o dólar encostou na média móvel linear de 50 dias. Se deixada para trás de forma consistente, essa linha poderia acionar novas ordens de vendas e baixar mais o preço da divisa dos EUA.
A sequência de seis quedas foi a mais longa série do tipo desde as também seis baixas consecutivas entre 30 de agosto e 6 de setembro de 2017. Na segunda, o dólar fechou na mínima em um mês.
Na América Latina, peso chileno e sol peruano recuavam nesta sessão, enquanto as moedas de Argentina e México operavam perto da estabilidade, num dia de queda do dólar ante divisas fortes.
Parte do salto de mais de 5% do dólar ante o real em novembro decorreu, segundo analistas, do aumento da incerteza na América Latina, diante de distúrbios sociais em países como Chile, Colômbia e Bolívia.
O mercado evitou risco nesta terça também à espera das decisões de política monetária nos EUA e no Brasil. A expectativa é que o BC local corte a Selic em mais 0,50 ponto, para uma nova mínima de 4,50% ao ano, enquanto nos EUA o mercado espera estabilidade da taxa.
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A redução do diferencial de juros entre ambos os mercados ao longo do ano pressionou o real, que acumula depreciação de cerca de 7% ante o dólar em 2019.
Analistas veem, porém, algum suporte ao real do lado dos fluxos nos próximos meses.
“Apesar da piora na conta corrente, esperamos que a deterioração seja limitada e gradual, conforme ingressos de recursos devem continuar robustos dadas as perspectivas de melhora no crescimento do PIB”, disse o BofA em relatório.
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