O dólar fechou em forte queda de mais de 1% hoje (16) e o real liderou as altas entre as principais moedas nesta sessão, num dia de firme apetite por risco em todo o mundo na esteira do acordo comercial EUA-China e de dados econômicos melhores no país asiático.
No fim da tarde, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a tradução do acordo comercial com a China será concluída nas próximas semanas. Mais cedo, dados mostraram que os setores varejista e industrial da China tiveram em novembro crescimento maior que o esperado, acalmando temores de desaceleração na segunda maior economia do mundo.
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A queda do dólar nesta sessão é a décima dos últimos 13 pregões. Em novembro, a cotação já recua 4,23%, depois de ter subido 5,77% em novembro. A moeda norte-americana está 4,63% abaixo do recorde histórico de fechamento alcançado em 27 de novembro passado (R$ 4,2586 na venda).
A desvalorização nesta segunda fez o dólar romper de vez a média móvel linear de 100 dias (de R$ 4,0983 na venda), o que é visto como sinal de baixa. Recentemente, a moeda já havia deixado para trás a média de 50 dias, pouco abaixo de R$ 4,13.
E ainda nesta sessão o dólar cruzou outro importante suporte técnico – de R$ 4,089, correspondente a 61,8% da retração de Fibonacci, indicador de análise técnica acompanhado pelo mercado. Em outras palavras, a divisa devolveu 61,8% da linha de alta registrada entre o fim de outubro e o fim de novembro, o que para analistas técnicos pode indicar mais vendas à frente.
O dólar à vista fechou em baixa de 1,15%, a R$ 4,0613 na venda, no menor patamar para um encerramento desde 5 de novembro (R$ 3,9932 na venda). A desvalorização percentual é a mais intensa desde 22 de outubro (-1,33%). Na B3, o contrato de dólar mais negociado recuava 1,13%, a R$ 4,0635.
O movimento do dólar contra o real seguiu o visto frente a outras divisas emergentes. Rand sul-africano, peso colombiano, won sul-coreano e dólar de Taiwan estavam entre os melhores desempenhos nesta sessão, enquanto o iene japonês – demandando em momentos de estresse político e financeiro – caía.
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“O entusiasmo com um dólar fraco está crescendo”, disse o Goldman Sachs em nota a clientes. “Com o crescimento global mostrando sinais de estabilização, os EUA e a China anunciando uma trégua no comércio e o Fed sinalizando um longo período de taxas reais próximas de zero, os investidores parecem estar procurando outra pernada de baixa no índice do dólar”, acrescentou o banco.
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