O principal índice da bolsa paulista fechou estável hoje (20), em uma semana marcada por máximas históricas, tendo de pano de fundo perspectivas favoráveis para a economia brasileira em 2020 e manutenção da trégua no embate comercial entre Estados Unidos e China após um acordo parcial.
O Ibovespa zerou perdas no final até fechar com variação negativa mínima de 0,01%, a 115.121,08 pontos, tendo renovado recorde intradia nos primeiros negócios, a 115.170,58 pontos. O volume financeiro somou R$ 25,15 bilhões. Na semana, o Ibovespa valorizou-se 2,27%, ampliando a alta no mês para 6,36%.
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“Para a bolsa o que interessa são os resultados de empresas. E, neste momento, os sinais de aceleração do crescimento do PIB melhoram as perspectivas dos lucros, o que favorece as ações”, disse o gestor Henrique Bredda, da Alaska Asset Management.
Do calendário da semana, o destaque nos dados de atividade econômica foi a criação de líquida de 99.232 empregos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), melhor resultado para o mês desde 2010 e quase o dobro do esperado por analistas de mercado.
Bredda também citou um cenário de normalização no exterior como componente adicional para o viés positivo na bolsa brasileira, sem apostas extremistas sobre o ritmo da economia norte-americana ou atuação do Federal Reserve ou desfecho no embate China-EUA, como se observou ao longo de 2019.
“No começo do próximo ano, devemos observar muita compra em bolsa, reflexo de fatores como rebalanceamento de carteiras, readequação de risco…Muitos gestores estão esperando o ano passar para isso…Ninguém vai arriscar agora, com o resultado do ano já garantido”, estimou.
Profissionais da área de renda variável também têm citado que, com muitas bolsas nas máximas históricas, investidores encontram-se em modo de espera, diante da expectativa de que a pauta para os últimos pregões do ano não trará catalisadores relevantes, enquanto embolsam um pouco do lucro do ano.
A poucos dias do fechamento de 2019, dados de fluxo mostram uma figura pouco animadora sobre a movimentação dos estrangeiros neste ano, mas gestores consideram equivocado usar esta imagem como sinalizador do sentimento dos “gringos” em relação às ações de companhias brasileiras.
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“Eles não estão fugindo do Brasil”, disse à Reuters David Cohen, da Paineiras Investimentos, explicando que pode estar em curso uma simples adequação de portfólio, dado o efeito da alta das ações locais. “Eles estão vendendo pois a performance de Brasil foi muito boa.”
Em 2019, o Ibovespa acumula até o momento mais de 30% de valorização, após três anos seguidos de alta – 15% em 2018, 27% em 2017 e 39% em 2016.
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