O Banco Daycoval está planejando um IPO em abril, voltando às bolsas três anos depois de fechar seu capital, segundo três fontes com conhecimento do assunto.
A família de origem libanesa Dayan contratou as unidades de banco de investimento do Itaú Unibanco, BTG Pactual, Bank of America e Santander Brasil para coordenar o IPO, disseram as fontes.
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A oferta poderá levantar entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões (US$ 956 milhões), segundo duas das fontes. O banco, voltado para o “middle market”, está planejando fazer uma emissão primária, levantando recursos para expansão dos negócios. Mas a família Dayan também planeja reduzir um pouco sua participação, segundo as fontes.
Representantes, de Daycoval, Itaú, BTG, Bank of America e Santander Brasil não comentaram o assunto de imediato.
O novo IPO ocorrerá cerca de três anos depois da deslistagem do banco Daycoval, no final de 2016, por conta da queda das ações na época para cerca de metade do valor de lançamento no IPO, concluído em 2007.
No fechamento de capital, a família Dayan pagou R$ 9,08 por ação, um grande desconto em relação aos R$ 17 da estréia das ações na bolsa em 2007.
Agora a família conta com a recuperação da economia brasileira e os altos múltiplos obtidos por listagens recentes de startups financeiras para conseguir valores melhores para o Daycoval em seu segundo IPO, segundo as fontes.
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O Daycoval seguirá a onda de instituições financeiras brasileiras que estão entrando nas bolsas, como a XP, que estreou na Nasdaq em dezembro e hoje tem valor de mercado de US$ 22 bilhões. Outras instituições financeiras planejando IPOs neste ano são o Banco Votorantim e a holding de seguros Caixa Seguridade.
Voltado ao varejo e empresas de pequeno e médio portes, o Daycoval tem R$ 32 bilhões em ativos, teve lucro de R$ 647 milhões nos primeiros nove meses de 2019 e um retorno sobre patrimônio de 24,6%.
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